A ajudar a crescer e ganhar asas

Fundada em 2006, na cidade do Porto, a Getting It assume-se como uma clínica atenta às necessidades das crianças e jovens com alterações do neurodesenvolvimento, sem esquecer as suas famílias. Sob a direção da pediatra do desenvolvimento Fátima Bessa, a sua equipa atua no acompanhamento das crianças e jovens que a procuram.
É num espaço acolhedor e informal, com uma sala de espera que apela a brincar, que encontramos a Getting It, uma clinica de pediatria e desenvolvimento. Contando com uma equipa pluridisciplinar com formação especializada em neurodesenvolvimento, com cerca de 20 elementos (médicos, psicólogos, terapeutas da fala e ocupacionais, fisioterapeutas e professores), a Getting It dedica-se às perturbações do desenvolvimento e do comportamento, tentando perceber, em colaboração com os seus pais, quais as competências de cada criança, os seus pontos fortes, que a ajudarão a enfrentar os desafios do desenvolvimento e quais as fragilidades a tentar superar. Além dos serviços aqui prestados, de avaliação, elaboração e implementação de programas de intervenção, há o cuidado de informar sobre os apoios sociais, educacionais e de saúde, bem como de associações específicas e grupos que possam facilitar a vida das famílias. Fátima Bessa foi a fundadora da Getting It, com um currículo de louvar e uma vasta experiência profissional, surgiu-lhe a oportunidade de iniciar este projeto juntamente com uma equipa e não pensou duas vezes, lançou-se ao trabalho e há 12 anos que é a responsável por acolher e orientar as famílias que procuram este serviço.
O objetivo é potenciar o desenvolvimento das crianças e jovens
“Além de todas as evoluções técnicas, o bem-estar e a saúde passam muito pelos afetos. Nós tentamos usar os afetos para potenciar o desenvolvimento das crianças”, reflete Fátima Bessa. Recebendo crianças de todas as faixas etárias, desde recém-nascidas até completarem 18 anos, a equipa da Getting It está vocacionada para o acompanhamento de crianças e adolescentes: com perturbações do desenvolvimento, como autismo, síndrome de asperger, hiperatividade ou défice cognitivo; que apresentem alterações da comunicação, da linguagem, de motricidade, do comportamento, emocionais ou mostrem disfunções sensoriais e de integração sensorial; quando exibem dificuldades de aprendizagem, como dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia; a clínica está ainda preparada para receber jovens com doenças neurológicas, genéticas ou que necessitem de acompanhamento de pediatria geral. “Contudo, o nosso acompanhamento vai muito além das crianças, sendo os pais, irmãos e familiares das crianças, merecedores da nossa atenção e cuidado”, continua a médica pediatra.
Os primeiros sinais
Nesta equipa pluridisciplinar aposta-se na importância da intervenção precoce. “Cada vez há mais atenção a este tipo de problemas, contudo o acesso indiscriminado a informação, nem sempre correta, faz com que às vezes nos vejamos obrigados a desmitificar crenças erradas”, conta. Quando questionada sobre como é que os pais podem detetar que algo pode não estar bem, a pediatra Fátima Bessa revela que “os primeiros sinais de alerta são dados muito precocemente. Quando a gravidez e o parto ocorreram normalmente, os pais devem ficar alerta quando a criança nos primeiros meses de vida é demasiado sossegada (só come e dorme), e não mostra interesse pelo que a rodeia, ou a criança que parece demasiado irritada (nem tudo são cólicas). Esse pode ser o primeiro sinal para que seja preciso procurar um pediatra do desenvolvimento”.
Assumindo-se como uma clínica em constante procura de respostas e alerta para as necessidades das crianças, a Getting It espera no futuro continuar a desenvolver o trabalho realizado até agora, continuar a ajudar a apoiar as crianças e as suas famílias, e prestar-lhes um serviço de excelência.