A construir o conforto dos clientes

Localizada na zona industrial de Vila Maior, em Santa Maria da Feira, a Amorim & Filhos, Construções, Lda é uma empresa especializada em construção civil. João Amorim, responsável pela empresa, assegura: “A nossa missão é construir o conforto dos clientes”.
Em entrevista ao Empresas +®, Christophe Amorim, sócio da Amorim & Filhos, Construções, Lda, lembra que tudo começou com o seu pai, que iniciou o trabalho no setor da construção civil há mais de 20 anos. “Primeiro com uma pequena empresa em nome individual. Só algum tempo depois fez parte de uma sociedade, a Pinturas Amorim & Adriano, Lda, empresa fundada em fevereiro de 2002, e que atuava apenas em pintura de construção civil. Contudo, o mercado foi evoluindo e a empresa desenvolveu novas aptidões e acabou por diversificar as suas áreas de trabalho. A sociedade alterou a sua denominação para Amorim & Adriano, Construções, Lda, tomando responsabilidade numa maior variedade de trabalhos, ainda que todos ligados à área da construção civil”.
A Amorim & Filhos, Construções, Lda surge apenas em 2018 e resulta de uma parceria familiar. “Neste momento, para além de mim, são também responsáveis pela empresa o meu pai e a minha irmã, Sandrine”, explica Christophe Amorim. Atualmente, a empresa dispõe de várias equipas totalizando cerca de meia centena de profissionais especializados nas áreas de projeto civil, direção de obra, execução de estruturas de betão armado, alvenarias, impermeabilizações, instalações elétricas e hidráulicas, rebocos e acabamentos.
Construir conforto
Com foco no Grande Porto e no concelho de Santa Maria da Feira, a Amorim & Filhos, Construções, Lda está presente, tanto no mercado da habitação, como da reabilitação urbana. “Para cumprir a promessa de chave na mão, trabalhamos com recurso a algumas parcerias por forma a oferecer aos nossos clientes soluções que não dispomos, devido à sua especificidade, nomeadamente nos setores da carpintaria e serralharia. Quando terminamos uma obra queremos ter a certeza de que todas as questões foram acauteladas e que o nosso cliente ficará satisfeito por muitos e longos anos. A nossa missão é construir o conforto dos clientes e não existe melhor publicidade para nós do que um cliente satisfeito”, advoga Christophe Amorim.
Mercado e concorrência
Olhando para o mercado na atualidade, o empresário afirma que este está muito forte, que existe bastante procura e que a concorrência é uma realidade, “o que faz com que o cliente exija mais de nós, tanto do ponto de vista da economia, como da qualidade e versatilidade de todos os trabalhos executados. Os clientes preferem entregar todos os trabalhos e encargos a uma única empresa, desfrutando de um serviço completo chave na mão. Foi precisamente para dar resposta a esta necessidade de mercado que evoluímos e oferecemos uma oferta integrada de serviços e soluções. Aceitamos projetos desde a sua fase inicial, como a arquitetura e licenciamento, até à conclusão da obra, tratando todas as questões que porventura possam surgir”.
No que concerne à concorrência, “Existem sempre empresas mais pequenas, muitas delas a trabalhar com condições precárias para os seus profissionais, que fazem o seu trabalho com base na guerra de preços, fornecendo serviços a um preço mais baixo do aquele que é praticado no mercado. Claro que, com a nossa estrutura, e com a nossa qualidade, não conseguimos oferecer soluções com preços tão competitivos quando se trabalha por especialidade. O nosso diferencial acontece precisamente nas obras maiores, em que assumimos todas as especialidades e conseguimos apresentar uma excelente relação qualidade/preço”. O empresário completa: “Neste momento, temos de recusar orçamentar certas obras porque sabemos que não seríamos capazes de as executar no tempo solicitado, uma vez que, felizmente, temos muito trabalho agendado até ao final do segundo trimestre de 2021”.
Quanto aos preços praticados, o empresário afirma: “Ao contrário do que se possa pensar, o preço da nossa mão de obra não subiu. O preço mantém-se o mesmo de há dois ou três anos atrás porque queremos manter-nos competitivos, ainda que isso signifique que as margens de lucro desçam. Acredito que noutras zonas do País os preços possam estar mais elevados, contudo a realidade aqui na região é bem distinta. Apesar disso, mais importante do que o preço, para nós, será a satisfação do nosso cliente e a aprimoração da empresa. É com esses objetivos que trabalhamos diariamente”.
Mão de obra precisa-se
Christophe Amorim acredita que a falta de mão de obra qualificada será um problema grave no futuro do setor. “Se, hoje em dia, as coisas já não estão fáceis, daqui a alguns anos, a situação agravar-se-á. Infelizmente, os jovens cresceram com a mentalidade de que, se não estudarem, vão para as obras e que este é um trabalho pesado, desvalorizado e olhado de forma pejorativa pela sociedade. É por isso que fazem de tudo para não começar a trabalhar nesta área, optando por trabalhos mais leves e reconhecidos. É por isso que se torna difícil encontrar trolhas e pedreiros com experiência no setor”.
Para solucionar esta problemática, o empresário aponta como solução a contratação de estrangeiros, contudo Christophe Amorim também deixa alguns avisos: “Ainda que solução possa passar pela contratação no exterior, para isso, as empresas têm de estar preparadas para formar imigrantes e prestar o apoio necessário à sua adaptação, pelo que o custo/benefício da sua contratação deve ser devidamente ponderado e analisado”. Quanto à Amorim & Filhos, Construções, Lda, o empresário assegura que, neste momento, a equipa de trabalho está estabilizada, mas pretende que a empresa continue a crescer de forma sustentada, pelo que eventuais contratações estão a ser ponderadas. “Apesar disso, temos consciência de que a falta de mão de obra qualificada, poderá, no futuro, prejudicar o nosso potencial crescimento”.
Uma nova realidade
Questionado sobre o impacto que a pandemia Covid-19 teve na empresa, Christophe Amorim assume que, felizmente, esta não afetou o percurso da Amorim & Filhos, Construções Lda. “Com a exceção da falta de um ou outro material de construção durante um dia ou dois, a empresa continuou ativa e cumpriu, dentro das possibilidades, com todos os trabalhos agendados. Claro que, tivemos de tomar precauções e adotar todas as medidas de segurança necessárias, mas continuamos a funcionar e nenhum membro da nossa equipa foi afetado. Em cumprimentos das leis, colocamos em quarentena preventiva os nossos funcionários que estavam a trabalhar no estrangeiro e que tiveram de regressar ao nosso País devido a esta situação. O facto de, nas obras que temos, estarem a trabalhar maioritariamente as nossas equipas também ajuda, uma vez que conseguimos controlar os processos e tomar todas as medidas adequadas”, conclui.