Clientes em primeiro lugar

Em 2007, em Argoncilhe, Santa Maria da Feira, surgiu a Dino e Silva – Construções, Lda., empresa vocacionada para o setor da construção civil. Com uma aposta clara na qualidade, profissionalismo e colocando sempre os interesses dos clientes em primeiro lugar, a empresa é já conhecida e reconhecida na região Centro, onde continua a preparar o presente para conquistar o futuro.
“Sempre laborei neste setor de negócio, desde muito novo. Com 11 anos já ia para as obras e, com 17, já era um artista. Despois de, durante alguns anos, trabalhar em parceria com um familiar meu, decidi lançar-me por conta própria”, recorda Bernardino Martins, responsável pela Dino e Silva – Construções, Lda., empresa criada em 2007.
Olhando para trás, o empresário faz um balanço muito positivo da sua atividade e assegura que o crescimento da Dino e Silva – Construções, Lda. foi exponencial. Hoje, a empresa conta já com uma equipa de trabalho composta por 13 pessoas e as solicitações são mais do que muitas, razão pela qual a empresa recorre a parceiros em regime de subcontratação. “A verdade é que nunca quis crescer muito. Prefiro dar passos pequenos, mas sempre seguros e sustentados. Gosto de acompanhar todas as obras com o mesmo cuidado e dedicação. Os meus clientes merecem esse meu cuidado. Prefiro fazer menos obras, mas ter a certeza de que as que realizo têm toda a qualidade e de que os clientes não terão qualquer problema no pós-venda. Ainda assim, reconheço que, neste momento, se a equipa fosse maior teria trabalho para todos, uma vez que o mercado continua em alta”, esclarece Bernardino Martins.
Para este ano, apesar da presente pandemia, a expetativa do empresário é de que irá conseguir manter os mesmos valores do ano passado. “O coronavírus não afetou a nossa atividade. Arrisco-me mesmo a dizer que este setor foi um dos poucos que escapou incólume a esta nova realidade, o que faz com que tenha algumas reservas quanto ao futuro. Julgo mesmo que, mais cedo ou mais tarde, esta nova realidade vai provocar uma nova crise. Contudo, para já, da dita crise nem sinal. Continuamos a ser muito procurados e temos a nossa agenda de trabalho preenchida para todo o ano de 2021. Gosto de ser correto com todos os meus clientes e não assumo uma obra quando sei que não irei conseguir cumprir a data de início combinada. Ou as pessoas aceitam esperar ou então eu não realizo a obra. Não estou aqui para enganar ninguém”.
O sucesso tem sido de tal forma que Bernardino Martins considera que não tem concorrência, uma vez que os clientes estão já fidelizados e recomendam a empresa aos seus amigos e conhecidos. “Muitas vezes nem sequer dou orçamento para pequenos trabalhos, algo só possível porque a nossa relação é assente num pressuposto de confiança mútua”.
O empresário mostra-se preocupado com o facto de não estarem a ser formados jovens neste setor. “Claro que ninguém nasce ensinado e a formação não é tudo, até porque esta é uma arte que requer muita experiência. Existem alguns jovens disponíveis para trabalhos considerados mais limpos, como o pladur ou a pintura, contudo, para trolha ou pedreiro, não vejo ninguém interessado em aprender há muitos anos”. Assim, Bernardino Martins considera que têm que ser tomadas medidas sérias neste sentido, defendendo ainda que os jovens deviam poder ingressar no mercado de trabalho mais cedo e explica: “Se não se sentem bem na escola, não vale a pena mantê-los ali obrigados. É preferível deixá-los trabalhar. É por essa falta de planeamento que hoje nenhuma empresa tem nas suas equipas jovens serventes. As pessoas que desempenham esse papel têm já 50 ou 60 anos de idade”.
Por tudo isto, Bernardino Martins mostra-se renitente quanto ao futuro. Apesar disso, a expetativa do empresário será a de conseguir manter os seus clientes sempre satisfeitos e conclui: “Deixo apenas uma palavra para as entidades competentes deste País que, ao que parece, fiscalizam apenas as empresas que trabalham legalmente. A mim exigem tudo e mais alguma coisa, tornando algumas situações insuportáveis tal a carga burocrática exigida, o que implicaria custos insustentáveis para nós e para os nossos clientes, enquanto que outros continuam a trabalhar de forma completamente ilegal e nada lhes acontece. Não consigo perceber esta dualidade de critérios”.