concelho de excelência para redescobrir a liberdade
Armindo Jacinto, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, preside a um concelho de excelência, que apresenta as condições ideais para recuperar a liberdade num Portugal em desconfinamento. Com uma aposta clara numa Idanha Solidária, voltada para a coesão económica e social, onde se potencia a qualidade de vida e onde se criam as condições necessárias para atrair riqueza e emprego, o autarca afirma que este é um concelho com futuro e que trará boas oportunidades para todos aqueles que ali queiram desenvolver o seu projeto de vida.
Armindo Jacinto, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, afirma que uma pandemia acaba, invariavelmente, por alterar todos as estratégias anteriormente definidas por um Executivo. Apesar disso, o autarca mostra-se otimista: “Felizmente, vemos agora a luz ao fundo do túnel com a ajuda da vacinação, sendo que também já aprendemos a conviver melhor com esta doença, o que faz com que olhemos para o futuro com mais certezas”. Contudo, Armindo Jacinto reconhece que esta luta teve o seu preço: “De acordo com o Tribunal de Contas fomos o segundo município que mais investiu no combate a esta pandemia por casos registados no seu território. Não só através da entrega de todo o tipo de equipamentos de proteção individual, mas também através de todos os apoios que oferecemos na promoção e proteção da economia local e todos os apoios que demos a empresas, instituições e população em geral”.
O autarca refere que o município manteve sempre uma relação de grande proximidade com todas as instituições locais e que apostou, desde logo, na realização de testes rápidos de diagnóstico, como forma de deteção de eventuais cadeias de contágio. A Autarquia contratualizou ainda com algumas empresas do setor da saúde a possibilidade de, preventivamente, as diferentes instituições realizarem testes. “Investimos ainda na compra de algum equipamento médico para eventual necessidade de criação de um hospital de retaguarda”, completa.
Armindo Jacinto informa ainda que o Executivo realizou um grande investimento na compra de diversos equipamentos informáticos, “tudo para que as nossas escolas e o nosso ensino pudessem prosseguir apesar do confinamento e, sobretudo, para que as famílias que não tinham essa possibilidade pudessem dispor desta mais-valia que permitiu às nossas crianças ter aulas à distância com toda a qualidade. Adquirimos cerca de 300 equipamentos informáticos que colocamos ao dispor das nossas crianças, jovens do ensino básico, secundário, profissional e ensino superior”.
De acordo com o autarca, estes são períodos muito sensíveis para as famílias que ficam em condições económicas mais complicadas, razão pela qual o Gabinete de Ação Social da Autarquia desenvolveu uma série de projetos para identificar e ajudar famílias em situações mais complexas. “Este cuidado fez com que tivéssemos duplicado os apoios sociais que oferecemos às famílias. Por fim, tanto para as famílias, mas também para as empresas, oferecemos condições mais vantajosas para que pudessem fazer face às despesas decorrentes do consumo de água e resíduos sólidos urbanos”, sublinha.
Apoio às empresas
No que concerne às empresas, Armindo Jacinto explica que a Autarquia ainda isentou os empresários do pagamento de rendas de espaços municipais. “Também lançámos um programa de incentivo a toda a economia local, tendo este uma dotação financeira de 150 mil euros. Para as empresas receberem este apoio direto precisam apenas de provar que registaram um decréscimo igual ou superior a 15% na faturação entre 2019 e 2020”. O autarca acrescenta ainda que o município firmou uma parceria com a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal para apoio ao canal Horeca, que abrange os estabelecimentos de alojamento turístico, restauração e similares. Este protocolo, que conta também com a colaboração do Turismo Centro de Portugal, prevê que os empresários dos setores do alojamento turístico e da restauração do concelho possam beneficiar de apoio técnico especializado gratuito da AHRESP durante um ano. “Queremos que os nossos empresários sintam este conforto e aconchego”.
Armindo Jacinto revela ainda que a Câmara assinou um protocolo de cooperação com os Correios de Portugal, “por forma a que as nossas empresas possam expedir mais facilmente encomendas para o mercado nacional, aproveitando as mais-valias do e-commerce e que, aproveitando a rede de transportes dos Correios, os nossos restaurantes possam, mais facilmente, adquirir produtos locais e proceder à entrega de refeições. Queremos alavancar as nossas empresas neste período menos auspicioso, aproveitando oportunidades e realizando negócios, ao mesmo tempo que apoiamos diretamente as suas tesourarias”.
Por fim e paralelamente, o autarca conta que o Executivo desenvolveu o programa “Idanha em Família”, que tem como objetivo desenvolver economicamente as empresas locais, mais especificamente aquelas que laboram no setor da restauração e hotelaria, bem como os produtores locais. Assim, a Autarquia está a oferecer um cabaz de produtos locais a todas as famílias que escolham Idanha para as suas férias e que fiquem no concelho, pelo menos duas noites. Estes cabazes têm um valor que pode ir dos 25€ aos 50€ dependendo da quantidade de noites que a família passe no concelho, e representa um impacto de 500 mil euros.
Olhando para trás, o autarca reconhece que o município também viveu momentos mais complexos, sobretudo com surtos registados em algumas IPSS locais durante a segunda vaga. Porém, “de forma muito célere conseguimos ultrapassar todas as dificuldades, até porque a resposta de toda a comunidade foi pronta e eficiente. Hoje vivemos num clima de confiança bastante grande. O nosso nível de população vacinada é já bastante elevado e o processo tem decorrido de forma muito positiva, sendo que articulamos de forma muito próxima com as Autoridades de Saúde. Também disponibilizamos transporte sempre que necessário para todos aqueles que não têm meios para se deslocarem até ao centro de vacinação. Estamos muito atentos e queremos ser ágeis em todo este processo até porque a nossa população é muito envelhecida. Neste contexto quero deixar uma palavra de agradecimento à Administração Central e às Autoridades de Saúde por terem escolhido territórios como Idanha para que fossem os primeiros a serem vacinados. Apesar de mais serenos, sabemos que temos de continuar cautelosos, convictos de que estamos a caminhar na direção certa para ultrapassarmos a problemática desta pandemia global”.
Oportunidades criadas
Apesar de todas as vicissitudes, Armindo Jacinto reconhece que as crises também criam algumas oportunidades, “razão pela qual o município é agora encarado de forma mais atrativa, uma vez que as pessoas perceberam que fomos capazes de manter o concelho em segurança num momento tão complexo. Assim, estamos a preparar a nossa economia local para uma nova fase, pelo que continuamos a promover as nossas estratégias locais de habitação, saúde e educação. Este é um concelho excelente, repleto de mais-valias, onde as pessoas estão a escolher viver, ideal para o teletrabalho ou, até mesmo, para visitas frequentes, uma vez que, aqui, podem descobrir a liberdade que perderam neste período de confinamento. As pessoas têm que usufruir da vida, para além do trabalho, sendo que Idanha-a-Nova é um território de excelência para isso. A nossa qualidade ambiental é extraordinária e criámos as condições necessárias para que todos os nossos munícipes possam ter uma longa vida com qualidade. Costumamos dizer que a qualidade de vida aqui é garantida dos zero até aos 114 anos”.
O autarca assegura ainda que, apesar da pandemia, foram diversos os investimentos realizados ao longo do atual mandato, sendo que muitas obras ainda estão a decorrer ou vão iniciar, aproveitando o Quadro Comunitário Portugal 2020. “Somos um agente económico com uma situação financeira estável, o que fez com que tivéssemos conseguido captar mais investimento devido ao overbooking, ou seja, aproveitamos os fundos que outros municípios não foram capazes de operacionalizar para investirmos no desenvolvimento do concelho.
A vitalidade económica de uma autarquia pode ser fundamental em momentos cruciais e nós conseguimos fazer essa diferença. Investimos em muitos projetos tentando sempre aproveitar depois fundos comunitários aos quais nos possamos candidatar”.
Atratividade na ruralidade
Quanto ao futuro, Armindo Jacinto enfatiza que quer dar continuidade à estratégia que foi construindo ao longo destes oito anos, uma «Idanha Solidária», que, através da coesão económica e social “visa construir melhor qualidade de vida e as condições necessárias para atrair riqueza e emprego para um território como o nosso, conseguindo inverter os fluxos migratórios de forma a contrariar o despovoamento do Interior do País. Esta tem sido a nossa batalha, pelo que queremos agora consolidar estratégias até porque, em 2019, já conseguimos registar uma evolução positiva no que diz respeito aos fluxos migratórios. Depois de muitos anos de decréscimo, conseguimos que fossem mais as pessoas que aqui decidiram viver do que aquelas que decidiram sair do concelho. Ainda não conseguimos, no entanto, reverter a balança demográfica e tornar o saldo favorável entre aqueles que nascem e aqueles que morrem. Apesar disso, somos um dos 50 municípios portugueses com maior número de filhos por mulher, em idade fértil, sendo que, há uns anos, conseguimos mesmo ficar entre os dez primeiros”.
O autarca afirma que a estratégia de captação de investimento e emprego criada pelo município e intitulada «Recomeçar» foi projetada para dez anos, pelo que estará em vigor até 2025. “Esta iniciativa já apresenta resultados muito positivos, uma vez que o concelho apresenta níveis de desemprego muito baixos quando comparados com a região e o País. Hoje em dia, vários investidores que apostam no município no âmbito da economia verde procuram mão de obra disponível e já não a conseguem encontrar em Idanha. Enquanto Bio-Região temos sido capazes de captar investimentos significativos, verdadeiras oportunidades de desenvolvimento assentes na inovação tecnológica e digital, mas aliadas à ruralidade, o que tem sido uma importante mais-valia. É precisamente nesta diferenciação que nos queremos posicionar”.
Armindo Jacinto destaca ainda que o município tem sido capaz de captar investimentos na área da investigação, como foi o caso do CoLAB – Laboratório Colaborativo que visa colocar Portugal na vanguarda da produção alimentar sustentável e com potencial de sequestro de carbono. “Esta foi uma iniciativa que trouxe muitos investigadores e muito talento até Idanha-a-Nova. Falamos de parceiros do meio académico e do meio empresarial que testam várias tecnologias para melhorar os processos de produção alimentar em termos de mitigação de CO2, no impacto ambiental, no combate às alterações climáticas, no uso nulo de químicos artificiais, na gestão da água, na preservação da biodiversidade e na eficiência de toda a cadeia de valor”, completa.
O autarca garante que o Executivo também tem realizado um grande investimento no setor da cultura, sendo que Idanha-a-Nova é considerada uma Cidade Criativa, pela UNESCO, na área da Música, “facto que nos tem permitido captar projetos associativos, individuais e empresariais, sendo o Boom Festival um dos mais conhecidos e reconhecidos. Esta iniciativa, mais do que um festival de música eletrónica, é um evento multicultural que mistura arte, cultura e conhecimento científico alternativo e tem um impacto económico no País de 55,3 milhões de euros, o que é muito significativo”. Neste âmbito, Armindo Jacinto enaltece ainda as mais-valias aportadas pela Filarmónica Idanhense, a Orquestra Sem Fronteiras, o Fora do Lugar – Festival Internacional de Músicas Antigas, a Orquestra Barroca, o Coro Misto da Beira Interior, “projetos locais que têm potenciado a nossa economia e que demonstram que a nossa aposta na cultura foi ganha e claramente vencedora”.
O presidente esclarece ainda que o Executivo consolidou também a oferta turística existente na região. Hoje, Idanha-a-Nova oferece aos seus visitantes mais de 70 unidades hoteleiras, ideais para a prática do turismo-natureza, histórico-cultural, cultural e paisagístico, gastronómico e vinícola, turismo termal, entre outros. “A oferta é transversal e é por isso que somos visitados durante todo o ano. O turismo veio para ficar, sobretudo agora em que, devido à pandemia, os portugueses redescobriram o País e todas as suas potencialidades. Estamos confiantes de que o mercado interno irá subir exponencialmente”.
Na melhoria das condições de vida, Armindo Jacinto assevera que o município deu especial enfoque à educação sendo que, atualmente, a cobertura é total dos zero aos três anos, “situação sem paralelo noutro município, ainda mais porque esta oferta é gratuita. Este é um dos argumentos mais importantes que apresentamos às famílias para que estas queiram fixar-se no concelho, em complemento à nossa oferta de elevada qualidade no ensino pré-escolar, básico, secundário, profissional e de nível superior, assim como na universidade sénior”.
Por fim, o autarca recorda a implementação da Estratégia Local de Habitação realizada pela Câmara, através de políticas de reabilitação urbana onde o setor público incentiva o setor privado a apostar nesta área e a “dar uma nova vida às nossas vilas e aldeias históricas”. Este projeto representa um investimento de 12,3 milhões de euros e tem como objetivo a reabilitação urbana de edificado municipal ou privado por todo o concelho, incluindo a construção de imóveis sustentáveis e acessíveis em loteamentos municipais.
Esta medida é enquadrada noutras políticas territoriais em curso, designadamente a criação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) e de Programas Especiais de Reabilitação Urbana (PERU). “Queremos apoiar a revitalização do património habitacional, mas também apoiar quem mais precisa no acesso a habitações condignas, incentivar a reabilitação do edificado e atrair mais população, através de benefícios fiscais e de outra natureza. Queremos que as pessoas encontrem nos incentivos à reabilitação mais um estímulo para requalificar o património e passar a residir no nosso concelho”, sublinha Armindo Jacinto que completa: “Investimos ainda no setor da saúde provando que uma saúde de proximidade é uma mais-valia inegável para a fixação das populações. Queremos que as pessoas vivam aqui uma vida longa, feliz e com qualidade”.
Mensagem aos Munícipes
“Sempre assumi o papel de autarca como uma missão pública ao serviço das gentes de Idanha-a-Nova. Assim, sempre pugnei para que os Idanhenses acreditassem no nosso concelho e no futuro, confiando que Idanha trará boas oportunidades para que os nossos filhos desenvolvam aqui o seu projeto de vida. Será um futuro que dependerá de cada um de nós e da nossa ação, uma vez que este é um desafio coletivo”.