Concelho de referência e de vanguarda
Emílio Torrão está à frente dos destinos do Município de Montemor-o-Velho desde 2013. O autarca reconhece que este segundo mandato foi mais exigente não só pelo aparecimento da atual pandemia, mas também em virtude de diversas intempéries que afetaram o concelho desde 2017. Apesar disso, o edil mostra-se confiante no futuro, uma vez que este é um concelho de referência e sempre na vanguarda.
Emílio Torrão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, assevera que a condução dos destinos de Montemor-o-Velho, desde 2013, tem sido feita por entre uma avalanche de desafios. “Com muito esforço e determinação, temos conseguido ultrapassá-los e construir um concelho assente na esperança, feito com a força das suas gentes. Primeiro fomos confrontados com um problema financeiro grave e a necessidade de reorganizar internamente os serviços da Autarquia, implementando uma nova dinâmica de trabalho, modernizando-a e tornando-a mais célere e mais próxima. Seguiram-se diversos fenómenos climatéricos, como o furacão Leslie e as cheias, e, agora, uma pandemia que nos obriga a ser ainda mais tenazes e firmes na vontade de fazer acontecer e fazer crescer Montemor-o-Velho”.
O autarca revela que todas estas situações externas desviaram, muitas vezes, o Executivo do caminho traçado e condicionaram o exercício deste mandato. “Felizmente, tivemos a visão de criar uma proteção civil de referência, a nível da comunidade intermunicipal a que pertencemos e até a nível nacional, que tem uma capacidade de resposta quase imediata graças aos recursos implementados. Além disso, com a pandemia, verificámos os frutos do trabalho feito desde o primeiro ano. Graças à desmaterialização, à infraestrutura informática renovada e à organização interna que permitiu que a Câmara não parasse. Aliás, não foi precisa a pandemia para trabalharmos a partir de casa. Com confiança no futuro, continuamos a trabalhar em prol dos munícipes do concelho de Montemor-o-Velho e a querer transformar os projetos em realidade”.
Na vanguarda do combate
Questionado sobre os apoios que o município deu aos seus habitantes devido à Covid-19, o edil revela que, desde a primeira hora, a Autarquia tem procurado minimizar o impacto da pandemia da Covid-19 junto dos munícipes e famílias, mas também junto do tecido económico. “A nossa atuação tem sido feita de forma discreta, mas muito atuante, com sentido de responsabilidade e sempre numa lógica de parceria, destacando-se, por exemplo, a estreita colaboração e apoio às autoridades de saúde. Para além disso, fomos dos primeiros municípios a ter testes serológicos e zaragatoas e testámos em massa não apenas os trabalhadores do município, mas também as IPSS concelhias. Nas eleições presidenciais, por exemplo, testámos todos os elementos das mesas. Fizemos mais de 2.400 testes. Na Câmara Municipal tivemos cerca de dez casos espaçados no tempo. Conseguimos suster situações mais críticas em lares graças à testagem massiva feita pelos nossos serviços, sempre sob a tutela das entidades locais de saúde. Fomos e continuamos a ser proactivos. Trabalhamos muito intensamente para minimizar o impacto da COVID-19 internamente na Câmara Municipal e também na sociedade”.
Emílio Torrão lembra que, desde o ano passado, já foram tomadas mais de meia centena de medidas de caráter excecional e transitório dando continuidade à dinâmica implementada para fomentar a atividade empresarial, assim como a manutenção e reforço do rendimento disponível dos munícipes. “A par do esforço financeiro, a pandemia também se tem revelado muito exigente para os serviços da Autarquia. Diariamente, os nossos trabalhadores dão mostras da sua entrega à causa pública, mostrando que estão à altura dos desafios”, elogia o autarca.
O edil advoga que as medidas de apoio têm abarcado diversas áreas e setores: comércio local; juntas de freguesia; entidades sociais, culturais e desportivas concelhias; famílias e idosos; e educação. Neste sentido, Emílio Torrão destaca o apoio excecional concedido pela Autarquia no âmbito do Regulamento de Emergência Social e direcionado para pessoas ou famílias em situação de vulnerabilidade social agravada e motivada pela pandemia, que tenham tido perda de rendimento significativa devido à COVID19.
O autarca enaltece ainda o Programa Municipal de Apoio ao Desenvolvimento Económico/ Recuperação, que tem como principal objetivo fazer o combate aos efeitos da pandemia no concelho junto das empresas e empresários em nome individual que tenham perdido, no mínimo, 1/3 da faturação e que temos até 25 trabalhadores.
De acordo com Emílio Torrão outra medida importante foi o apoio dado aos alunos que estão em casa, através da cedência de equipamentos informáticos e de conectividade, por forma a garantir o percurso de aprendizagem, mesmo nestes tempos conturbados. Para além disso, o edil informa que o município realizou a distribuição quinzenal de cabazes alimentares a crianças do escalão A e a famílias em situação vulnerável.
Por fim, o autarca assevera que a Autarquia optou pela redução de impostos locais em toda a linha para mitigar os impactos da Covid-19, dando continuidade à dinâmica implementada de atratividade empresarial e de manutenção e reforço do rendimento disponível dos munícipes (IRS para 4,5%, do IMI para 0,34% e da derrama para 1,4%). O município atribuiu ainda a redução de 50% do consumo da água, saneamento, RSU e TRH aos consumidores domésticos de água do concelho e procedeu à de isenção do pagamento às entidades ligadas ao setor social, associações, juntas de freguesia e os consumidores abrangidos pelo tarifário social na faturação dos meses de março e abril de 2020.
No que concerne à campanha de vacinação, o município preparou o Centro Municipal de Vacinação no Pavilhão Municipal, em articulação com a ARS do Centro e o ACES do Baixo Mondego, iniciativa que deixa o autarca orgulhoso até porque este centro tem capacidade para vacinação em larga escala, garantindo condições de mobilidade e segurança. De referir que, para além do apoio operacional, os serviços da Autarquia prestam, a tempo inteiro, apoio administrativo, de higienização dos espaços, de transporte (com o apoio dos Bombeiros Voluntários) e proporcionam acompanhamento durante o período de vacinação.
O edil revela que, até ao momento, já foram vacinados os bombeiros, GNR e elementos da Cruz Vermelha, para além dos idosos com mais de 80 anos. “Atualmente estamos a vacinar as pessoas com mais de 65 anos e todos os agentes educativos. Já foram administradas quase oito mil doses de vacinas, números que são muito especiais pois significam um trabalho, um empenho e uma capacidade de ação muito grande e articulada entre as entidades locais de saúde e a Autarquia”.
Presente e futuro
Olhando para trás, Emílio Torrão advoga que um dos principais projetos que abraçou e pelo qual luta diariamente é a captação de mais e melhor investimento para o concelho, que trará uma cada vez maior capacidade de atração de população e empresas. Para tal, “tivemos de dar condições a empresários e empresárias para que possam criar emprego e dar mais perspetivas de futuro aos jovens do concelho. Assim, mudámos a forma de abordar o tecido empresarial e, com isso, temos conseguido atrair investimentos para os parques industriais e agrícolas”.
Neste sentido, de acordo com o autarca, uma das obras mais importantes foi a de um projeto “pioneiro no concelho e, provavelmente, em todo o País: o Parque Agrícola de Arazede, está em franco desenvolvimento e vai permitir criar escala e adquirir maior competitividade”. O edil enaltece ainda o Parque de Negócios de Montemor-o-Velho que tem os seus 34 lotes todos vendidos, acolhendo, atualmente, cerca de 20 empresas. Já no que diz respeito ao Parque Logístico de Arazede, o autarca informa que os 26 lotes da primeira fase estão todos vendidos, tendo, presentemente, cerca de quatro empresas instaladas ou em vias de conclusão dos seus espaços. “Já estamos a pensar numa ampliação”, revela Emílio Torrão.
Atualmente, mesmo em tempo de pandemia, a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho não para a sua ação e tem em curso um conjunto significativo de obras de importância estratégica para as 11 freguesias do concelho, num investimento global de cerca de dez milhões de euros. Entre os vários projetos em curso, o edil destaca a reabilitação urbana na vila de Montemor-o-Velho, “estamos a tornar o centro histórico mais atrativo para atividade económica e para as famílias”.
O autarca exalta também o Parque Urbano Ribeirinho “que pretende devolver o antigo leito do rio à vila”, a reabilitação de diversos edifícios que foi realizada e a renovação profunda do interior e da envolvente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos, que representa um investimento global próximo de 1,5 milhões de euros, espaço onde irá funcionar um espaço expositivo do espólio museológico e arqueológico do município. “Também implementámos uma rede polinucleada de ativação e dinamização do centro histórico, com casas para acolhimento temporário e avançamos com a requalificação do antigo edifício da GNR, espaço que foi transformado num centro de coworking, projeto aliado a obras no Largo do Cruzeiro, junto ao Mercado Municipal, num investimento superior a 750 mil euros”.
Emílio Torrão garante que as freguesias também não foram olvidadas pelo que foram realizados arranjos urbanísticos em todas. “Estamos a requalificar os centros de cada uma das freguesias e a prepará-los para terem postos de carregamento para veículos elétricos e wifi. Para além disso realizámos intervenções em diversos edifícios escolares”.
No que concerne ao meio ambiente, de acordo com o autarca o município apostou na pesquisa e captação de águas subterrâneas para rega, ao mesmo tempo que assumiu um compromisso com o ambiente: “Queremos promover a eficiência energética com a construção de postos de carregamento e com a aquisição de veículos elétricos na frota da Câmara”.
Por fim, o edil advoga que foram realizadas conservações e reparações de estradas e caminhos municipais em todo o concelho. “Quando cheguei à Câmara, a rede viária do estava completamente degradada. Neste momento temos a rede num estado de recuperação muito avançado. Este é um fator muito importante para nós e para a população. Assim, como facilmente se comprova, neste momento, temos mais de meia centena de empreitadas em andamento, o que demonstra o compromisso desta Autarquia para com o desenvolvimento concelhio e a verdade é que vamos continuar a avançar com os projetos essenciais para o futuro do concelho e para o bem-estar dos munícipes, promovendo, na situação atual de saúde pública que o mundo atravessa, a retoma e o crescimento da economia”.
Quanto ao futuro, o autarca confessa que o Executivo ainda tem muitos sonhos para Montemor-o-Velho. “Vamos continuar a investir nas pessoas, na educação e no crescimento intelectual, como forma de desenvolvimento local sustentado, enquanto afirmação da comunidade e de coesão territorial. Trabalhamos e vamos continuar a trabalhar, diariamente, para uma educação de excelência, com os olhos no futuro. O esforço na valorização do território e na criação de condições de fixação de empresas vai ser ainda mais intenso com vista a promover as potencialidades económicas da região e fomentar o desenvolvimento dos setores agrícola e industrial. Por fim, o nosso foco vai continuar a estar centrado na inovação, nas medidas ambientais, numa rede de ciclovias, na recuperação da rede viária, nos arranjos urbanísticos e nos projetos culturais que necessitam ser reativados e acelerados”.
Mensagem aos Munícipes
“Esta pandemia não nos tira a força, nem a esperança, muito menos nos subtrai a vontade, a confiança e a energia para todos os dias fazermos melhor. Continuamos a trabalhar para construir um concelho ímpar e pleno de sucesso. Continuamos a sonhar e a valorizar o território e as gentes de Montemor-o-Velho, concelho que está no mapa. Somos feitos de resiliência e cheios de espírito combativo e solidário. Temos que continuar a acreditar que é possível realizar os sonhos e construir um concelho melhor, a valorizar o que é nosso!”