De Portugal para o Mundo

Os últimos cinco anos foram de mudanças e transformações nas Batatas EgBerto, em Vagos. Apesar de todas as lutas e dificuldades, olhando para trás, Vera Santos, responsável pela empresa assegura que a batalha foi ganha e que as Batatas EgBerto estão agora mais fortes e preparadas do que nunca para continuar a comprar e comercializar batatas, cebolas, alhos e os respetivos sacos. De Portugal para o Mundo.
Vocacionada para a compra e comercialização de batatas, cebolas, alhos e sacos de rede, tendo como parceiras varias empresas de transporte especializados de Portugal para o Mundo, a empresa Batatas EgBerto foi fundada em 1979 por Egberto da Silva Jesus, pai da atual proprietária, Vera Santos, que em conjunto com o sócio Paulo Meneses tem apostado na qualidade do produto como também do serviço ao cliente.
No último ano fez um investimento cerca de um milhão de euros em maquinas afim de melhorar o serviço ao cliente, como também na aquisição de um armazém na zona de Torres Vedras para trabalhar diretamente com a produção.
Conhecida e reconhecida no mercado nacional e internacional pela sua qualidade e pela estreita relação de parceria que mantem com todos os seus clientes e fornecedores, a empresa assenta o seu sucesso na criteriosa seleção e variedade dos produtos que coloca ao dispor dos seus clientes e claro na compra direta aos produtores.
Com uma equipa constituída por 20 pessoas e com um volume de faturação de 12 milhões de euros, em 2019, os últimos cinco anos foram de mudanças e transformações na empresa. “Éramos uma empresa familiar, mas, em dezembro de 2016, o meu irmão optou por criar outro projeto. Também tivemos que ultrapassar um incêndio nas nossas instalações. Foi uma época de mudança e de transformação, contudo, olhando para trás, acho que foi o melhor que nos podia ter acontecido. O que não nos mata, apenas nos torna mais fortes”, recorda Vera Santos.
Olhando para o mercado, a empresária refere que é difícil falar em concorrência, porque as empresas que laboram neste setor muitas delas trabalham diretamente com os híper e supermercados, algo que as Batatas EgBerto para já não fazem. “Os nossos principais clientes são os revendedores por isso claro que a concorrência existe, contudo, a nossa relação com eles é cordial, pelo que encaro essas empresas mais como parceiras do que como concorrentes”.
Em relação às consequências da pandemia, Vera Santos admite que a empresa foi afetada, uma vez que muitos dos seus clientes vendem diretamente para a restauração e “o setor estagnou, logo o consumo desceu drasticamente. Apesar disso, conseguimos, de alguma forma, minimizar este decréscimo com um aumento acentuado de consumo nas frutarias. Seja como for, o nosso volume de faturação será menor este ano, ainda que o volume de vendas seja basicamente o mesmo. O problema é que o preço da matéria-prima baixou muito devido ao baixo consumo.
A realizar um investimento de 1.6 milhões de euros na construção de um novo pavilhão, a empresária garante que, “ainda que este seja um momento de incerteza em relação ao futuro”, este é um investimento que tinha que ser realizado. “Logisticamente não podíamos permanecer nas instalações existentes. Tínhamos mesmo que avançar com este novo espaço. Não podíamos ter vencido tantas batalhas para agora estagnarmos. Melhorar o nosso serviço, apostando na qualidade tem sido um desafio ganho. Pretendemos consolidar ainda mais a nossa posição no mercado.
Vocacionada sobretudo para a venda no mercado nacional, as Batatas EgBerto realizam exportações esporádicas para Angola e Cabo Verde. “Queremos apostar mais na internacionalização, mas temos agora de esperar para perceber como é que o mercado vai reagir ao Covid-19. Queremos ser ativos no mercado global e procuraremos uma posição de referência. Isso significa que estamos focados nos desejos e necessidades dos nossos parceiros, bem como no valor dos nossos clientes”, conclui Vera Santos.