“Falta mão de obra no setor”

Criada em 1991, a Júlio Pereira Gomes & Filhos é uma empresa especializada na fundição e fabrico de peças e componentes em materiais não ferrosos. Com um vasto know-how e com uma aposta clara na qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos seus clientes a empresa atravessa, na atualidade, um momento mais complicado. Júlio Pereira Gomes, responsável pela fundição, garante que “falta mão de obra no setor”.
A Júlio Pereira Gomes & Filhos (JPG) é uma empresa especializada na fundição e fabrico de peças e componentes em materiais não ferrosos, estando vocacionada, sobretudo, para os setores da construção civil, mobiliário, jogos de diversão e barcos de recreio. Com clientes no mercado nacional, mas também internacional, maioritariamente em França, a empresa personifica a perseverança e a vontade de nunca desistir, fazendo frente a todas as dificuldades.
A JPG labora com uma equipa composta por nove pessoas e obteve um volume de faturação que atingiu quase o meio milhão de euros, em 2019. A empresa continua a apostar na evolução tecnológica do sector, sem nunca descurar as técnicas tradicionais e fundamentais, de modo a conseguir prestar serviços e produzir bens únicos. Para além disso, a seleção criteriosa dos metais e das suas ligas é outro dos fatores cruciais que ditam o sucesso da empresa que nunca abdica da qualidade, uma vez que “os atributos do produto final estão dependentes deste fator. Pautamos ainda a nossa atividade na inovação e na eficiência com que procuramos satisfazer os anseios dos nossos clientes. Dispomos ainda da possibilidade de lhes oferecer soluções por medida”, advoga Júlio Pereira Gomes, responsável pela JPG.
Nunca desistir
“Quando a crise atingiu o nosso País esta empresa viveu momentos muitos complicados, contudo, conseguimos sobreviver graças a muito trabalho e persistência. As pessoas pensam que o setor da construção civil está em alta, porém, só temos conseguido alguns projetos nas remodelações, o que não é significativo. Não podemos esquecer ainda o crédito malparado que também continua a existir, sendo esta outra dificuldade que temos que enfrentar”, afirma o empresário.
Olhando de forma mais pormenorizada e atenta para o estado atual do mercado, Júlio Pereira Gomes assevera que, neste momento, este atravessar uma fase muito complicada, “até porque as encomendas são sempre muito pequenas. Além disso, não conseguimos encontrar mã de obra disponível para trabalhar. Contactamos frequentemente o Centro de Emprego local, contudo, nunca nos enviaram ninguém. Se não existem profissionais qualificados, também não existem jovens disponíveis para aprender. Os poucos que arriscam ficam pouco tempo porque não aguentam a dureza do trabalho e estamos sempre a voltar à estaca zero. Muitos dos nossos concorrentes já fecharam portas”.
Quanto ao futuro, o empresário mostra-se renitente e explica porquê: “A realidade do setor muda constantemente, o que faz com que o futuro seja uma incógnita. Apesar disso a certeza é que iremos continuar a dar o nosso melhor todos os dias, trabalhando com dedicação e esforço, sempre na busca da satisfação das necessidades de todos os nossos clientes, sempre com a maior qualidade”.