Mão de obra precisa-se!

Com profissionais e equipamentos de qualidade que lhe permitem oferecer serviços de excelência no setor da construção civil, a AMP – Armando Manuel Pires, Construção Civil e Obras Públicas, localizada em Alfândega da Fé, é uma empresa com larga tradição que já conquistou centenas de clientes ao longo dos anos. Apesar disso, o responsável pela empresa mostra-se renitente quanto ao futuro do setor, uma vez que garante: “Mão de obra precisa-se”.
O atual responsável pela AMP, recorda que esta foi criada em 1985 e reconhece que nem todos os anos foram fáceis, mas que a empresa conseguiu ultrapassar todas as crises. “Também nos adaptámos ao mercado. Começámos pelo setor privado, mas, cerca de dez anos depois, já estávamos no setor das obras públicas, o que diversificou o nosso core business e nos ajudou a crescer”. Hoje, a empresa labora suportada por uma equipa constituída por 12 profissionais, sendo que recorre a outras equipas parceiras, em regime de subcontratação, sempre que necessário.
Considerada PME Líder em 2020, a AMP também está qualificada na marca RUIS – Reabilitação Urbana Inteligente e Sustentável, propriedade da AICCOPN e que funciona como garantia do cumprimento de requisitos legais, como a habilitação legal para a atividade da construção, a detenção de seguro de acidentes de trabalho adequado e a demonstração de competências técnicas, entre outros. Este é um símbolo de confiança, aplicável a todas as empresas do setor da construção e imobiliário e atesta o cumprimento de um referencial de qualidade e legalidade, permitindo a todos, empresas e particulares, uma escolha mais informada.
Presente e futuro
Olhando para o mercado, o empresário assevera que este continua em alta e que a empresa ainda não sentiu qualquer quebra em relação ao volume de trabalho dos últimos anos. “A maior dificuldade que sentimos é mesmo a da falta de mão-de-obra para laborar neste setor, sobretudo qualificada. Os bons profissionais que existem já têm mais de 50 anos de idade, o que é preocupante. Os mais novos não estão a ser formados nem preparados para trabalhar nesta área e esta é uma situação que não compreendo. Todos os dias são investidos milhares de euros em formação por parte das entidades competentes nas mais diversas áreas. Há pessoas com 30 cursos que nunca trabalharam em nenhuma dessas áreas, uma vez que não existe essa necessidade ao nível da mão-de-obra. Contudo, nenhuma entidade aposta em oferecer formação na área da construção civil quando todos sabemos que o emprego dessas pessoas estaria assegurado, assim como o futuro do setor. Infelizmente, o setor da construção civil ficou completamente esquecido”.
O responsável pela empresa considera que, apesar da concorrência ser salutar, não é sentida nas obras particulares. “É sempre uma questão de preferência do próprio cliente, uma vez que falamos de um mercado exigente, assente em pressupostos de elevada qualidade”. Já no que diz respeito às obras públicas, o empresário reconhece que a concorrência é maior e que enfrenta empresas de toda a região Norte. “Vencemos ou perdemos uma obra por cêntimos, uma vez que o preço apresenta um peso fulcral na decisão”.
O responsável pela empresa advoga que a atual pandemia afetou direta ou indiretamente todas as empresas. “Ainda não registámos qualquer caso e temos sempre o cuidado de encetar todos os esforços para que assim permaneça, cumprindo escrupulosamente todas as recomendações das entidades de saúde. Temos ainda cuidado na articulação das diversas equipas no espaço da obra, por forma a evitar a concentração de pessoas. Seja como for, o segredo está mesmo na sensibilização de todas as equipas para esta problemática, as pessoas têm que perceber o que está em causa, uma vez que o sucesso do combate depende de todos nós”.
Quanto ao futuro, apesar da questão da falta de mão-de-obra, o empresário assevera que a ambição da AMP é sempre de crescimento sustentado, “garantindo os níveis de qualidade de trabalho que temos realizado até aqui”.