Missão: melhorar a qualidade de vida dos munícipes
A cumprir o segundo mandato como presidente da Câmara Municipal de Resende e a apresentar-se como candidato nas próximas eleições autárquicas, Manuel Garcez Trindade, garante que estes foram quatro anos de muito trabalho, exigentes e de grandes desafios, sobretudo devido à atual pandemia que assola o mundo. Apesar disso, o autarca não esmorece e reitera que a sua missão é melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes. “As pessoas têm que querer ficar aqui e construir a sua vida e família. Quem já foi embora, deve perceber que já pode voltar”.
Olhando para trás, Manuel Garcez Trindade, presidente da Câmara Municipal de Resende, garante estar de consciência tranquila pelo trabalho realizado ao longo de dois mandatos à frente dos destinos desta Autarquia duriense. “Sei que cumpri com as promessas que fiz aos resendenses. As pessoas valorizam muito a qualidade de vida que uma autarquia lhes oferece e julgo que Resende evoluiu muito nessa área no decorrer dos últimos oito anos, nomeadamente, ao nível das infraestruturas básicas: abastecimento de água, esgotos e eletricidade, para além das acessibilidades, condição fundamental para a deslocação das pessoas. As pessoas têm que perceber e sentir que, à medida que o tempo passa, a sua vida fica mais facilitada e confortável. É para isso que trabalhamos. Elas têm que querer ficar aqui e construir a sua vida e família. Quem já foi embora, deve perceber que já pode voltar porque criámos as condições necessárias para esse efeito”.
O autarca assegura que o Executivo Municipal foi criterioso em todas as escolhas e desenvolveu obras estruturantes na região que, atualmente, fazem toda a diferença na vida dos munícipes. O edil explica que, ao nível da saúde, o concelho apresenta três espaços, Oriente, Ocidente e Centro, “tudo para as pessoas evitem grandes deslocações para o acesso a um direito básico”. O mesmo acontece com as escolas que já estão agregadas em centros escolares. O município está ainda dotado de diversas estruturas desportivas, ideais para a prática das mais diversas modalidades. “A nossa missão é melhorarmos a vida dos nossos munícipes. Aqui não há poluição, apenas ar puro. À nossa volta temos o belo rio Douro e toda a sua beleza”.
Como Manuel Garcez Trindade se apresenta como candidato a um terceiro mandato nas próximas eleições autárquicas, o edil explica que este terceiro e último mandato, “caso os resendenses continuem a confiar em nós e no nosso trabalho, será, sobretudo, de conclusão e consolidação de algumas obras e projetos. A missão de um presidente de câmara é muito extenuante, desgastante, stressante e, não raras vezes, injustamente julgada, contudo seguimos confiantes no trabalho realizado”.
Neste sentido, o autarca revela que o foco das candidaturas apresentadas a fundos comunitários e que serão operacionalizadas a partir de 2022 estão vocacionadas para o proveito e potenciação de todos os produtos endógenos existentes, nomeadamente, a produção de cereja e o aproveitamento das águas termais, “conferindo-lhes progresso e modernidade. Neste sentido, há quatro anos que estamos a trabalhar na construção de um manual de boas práticas para a produção de cereja, em articulação com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O objetivo é que os produtores uniformizem a sua produção, por forma a ganharem escala na sua comercialização, o que seria uma mais-valia para todos, na medida em que potenciaria a exportação deste ex-líbris local. Por sua vez, as águas termais estão a alavancar o turismo, sendo que temos sido visitados por investidores que pretendem, por exemplo, criar novas respostas ao nível do turismo rural na região. Felizmente, começamos a despertar o interesse e os visitantes têm aumentado exponencialmente”.
A pandemia no concelho
Durante a primeira vaga da atual pandemia, Manuel Garcez Trindade assevera foi criado, de imediato, um gabinete de crise que funcionou no quartel dos bombeiros voluntários locais, que incluiu a Proteção Civil Distrital e local a Câmara Municipal de Resende e a autoridade de saúde local. Para além da missão informativa e didática que sempre teve com toda a população, a Autarquia também distribuiu equipamentos de proteção individual (EPI), nomeadamente máscaras a todas as pessoas do concelho e EPI completos às IPSS. O município auxiliou ainda os resendenses na realização de testes, sempre que necessário.
O Executivo também levou a cabo várias ações com o objetivo de mitigar as consequências desta pandemia. Entre elas, o autarca destaca a isenção de pagamento de renda para todos os inquilinos de espaços detidos pela Autarquia, sendo que todo o comércio local, IPSS e bombeiros também ficaram dispensados do pagamento de água e de eletricidade, uma vez que o município assumiu o seu pagamento. “Tivemos que estar atentos até porque algumas IPSS foram muito fustigadas por esta doença e tiveram que ser devidamente ajudadas. Esta é uma nova realidade e dependerá de todos nós a sua resolução. Temos que ter esperança e confiança no futuro”.
Quanto à atual campanha de vacinação, o edil relembra o seu início: “As autoridades decidiram que os resendenses iam ser vacinados num concelho vizinho, o que não deixámos acontecer. Rapidamente, em estreita articulação com o centro de saúde local, conseguimos criar as condições necessárias para que os nossos cidadãos fossem vacinados no concelho, o que tem vindo a acontecer desde o primeiro momento. Também disponibilizamos veículos e motoristas para que todas as pessoas se desloquem até ao local da vacinação, ou para que a equipa de vacinação se possa deslocar a casa de pessoas acamadas. Não podíamos permitir que alguém ficasse esquecido ou para trás por falta de meios. Por fim, disponibilizamos recursos humanos da área administrativa para o centro de saúde, com o objetivo de agilizar todos os contactos e burocracia resultante de todo este processo”.
Mandato exigente com obra realizada
Apesar da pandemia, Manuel Garcez Trindade garante que a Autarquia conseguiu concluir uma série de candidaturas a fundos comunitários que foram aprovadas e que estão prontas a avançar. Exemplo disso é aprovação daquele que é o grande projeto deste mandato: a “Reabilitação e Reconversão Parcial do Edifício Termal de Caldas de Aregos”, projeto ligado à área da eficiência energética e que representa um investimento aproximado de 871 mil euros, valor cofinanciado pela FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, em cerca de 827 mil euros.
O autarca advoga que, com este projeto, “pretende-se melhorar a qualidade energética e ambiental do edifício, através da redução do consumo de energia e subsequente redução das emissões de CO2, promovendo uma gestão inteligente da energia. O projeto visa, ainda, a implementação de medidas de eficiência energética numa infraestrutura pública em funcionamento da Administração Local, contribuindo, desta forma, para a execução do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética [PNAEE]”.
Esta candidatura vem juntar-se ao projeto submetido pelo município ao PROVERE – Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos, que vai permitir transformar as Termas de Caldas de Aregos na Estância Termal do Douro. “Trata-se de uma operação muito importante para o nosso concelho e que irá permitir dar uma nova vida a Caldas de Aregos. Temos que rentabilizar este recurso natural de excelência de que dispomos de forma eficaz”, defende o edil, que completa: “O nosso objetivo é que esta seja a estância termal do Douro, o que nos permitirá afirmar como um destino preferencial na área da saúde e bem-estar, aumentando a nossa atratividade turística”.
De acordo com Manuel Garcez Trindade, o projeto prevê a reabilitação integral do edifício, redefinindo o programa base de tratamentos termais nas suas cinco tipologias, modernizando-as e aumentando a diversidade de tratamentos de cada grupo, sendo que será ainda realizado o acréscimo de um setor de bem-estar/SPA com um conjunto de valências capazes de atrair novos públicos, como a piscina exterior, sauna/banho turco, cosmética, espaços de apoio (sala de conferências, cafetaria e esplanada). No que respeita ao alojamento termal, está prevista a criação de unidades individuais de diferentes tipologias, de forma a aumentar o conforto dos utentes, “proporcionando condições ao prolongamento da sua permanência e anulando o efeito da sazonalidade”.
O projeto fica completo com “terraços para estabelecer ligação direta com o Douro”, um “parque exterior terapêutico com poças de água quente”, um equipamento de manutenção e um anfiteatro ao ar livre.
Paralelamente, segundo o autarca, já avançaram as obras de Regeneração Urbana do Espaço Público do Povoado Antigo de Caldas de Aregos, empreitada realizada no âmbito do PARU – Plano de Ação de Reabilitação Urbana, sendo que, nesta fase inicial, as intervenções baseiam-se na abertura de valas para a colocação de infraestruturas, nomeadamente águas pluviais, eletricidade e telecomunicações. Esta ação, num valor superior a 240 mil euros, e comparticipada através de uma candidatura submetida ao NORTE 2020, pretende, entre outros aspetos, eliminar dissonâncias e elementos de má qualidade arquitetónica, assim como reabilitar os elementos de melhor qualidade, reforçando conceitos como praceta no casco histórico e valorizando pequenos espaços de estadia existentes, tornando também possível o acesso a pessoas com mobilidade reduzida.
“A verdade é que as nossas grandes obras ou já estão em curso ou estão a começar, ainda que reconheçamos que a pandemia atrasou muitos processos. Apesar disso, a vida continua e o nosso trabalho não pode esmorecer. Temos que continuar a lutar pelo futuro deste concelho. Assim, também temos uma candidatura submetida ao programa PARES – Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais e que está à espera de avaliação para, em parceria com a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu e a Diocese de Lamego, adaptar uma ala do Seminário Menor de Resende numa instituição de apoio a pessoas com deficiência, com lar residencial e centro de atividades ocupacionais, num investimento que vai rondar os dois milhões de euros” sublinha Manuel Garcez Trindade, que garante que, atualmente, estão a ser investidos, no município, cerca de dez milhões de euros. “Apesar de todas as vicissitudes, conseguimos cumprir, quase na totalidade, o programa eleitoral apresentado em 2017, o que é significativo. Seja como for, estamos e iremos continuar atentos e vigilantes, por forma a podermos fornecer a ajuda necessária a todos os nossos munícipes”.
Por fim, Manuel Garcez Trindade deixa uma mensagem a todos os habitantes de Resende: “Espero que as pessoas continuem a acreditar em nós e no nosso trabalho, até porque ciámos uma condição fundamental para o futuro: a capacidade de endividamento necessária para que possa haver investimento, realidade muito distinta da que existia quando tomamos posse para o nosso primeiro mandato e julgo que esse esforço deve ser valorizado e reconhecido”.
Ligação a Baião será uma realidade
Manuel Garcez Trindade anuncia que o novo Plano de Recuperação e Resiliência inclui desejada construção da obra rodoviária que vai ligar Resende a Baião, através da Ponte da Ermida. “Esta é uma aspiração antiga de todos os baionenses e de todos os resendenses. Finalmente vai tornar-se uma realidade esta via que fará parte do itinerário complementar da A4 e que vai ligar Resende aos municípios vizinhos do Marco de Canaveses e de Baião”.