Onde a arquitetura é versátil e criativa

Desde 2004 que Jorge Teixeira Clemente vem escrevendo a sua história no mundo da arquitetura. Tendo concluído a licenciatura em 2003 e o mestrado em 2014, pela Escola Universitária de Artes de Coimbra, foi no atelier do seu professor arquiteto João Bigotte de Almeida que deu início à sua promissora carreira profissional. Há 14 anos a exercer a sua arte, Jorge Clemente é uma referência na área tendo já acumulado vários prémios profissionais que reconhecem a qualidade e excelência do trabalho desenvolvido pelo arquiteto.
No mercado de trabalho desde 2004, Jorge admite que, atualmente, “a área dos hotéis é onde temos mais incidência”, mas nem sempre foi assim. Numa primeira fase Jorge admite que o trabalho desenvolvido foi “mais convencional”, em que as moradias tinham um papel de destaque. O ano de 2009 trouxe o projeto que veio alterar o rumo do gabinete. A adjudicação do primeiro hotel, o Real Abadia Congress & Spa Hotel, em Alcobaça, constituiu um marco na carreira profissional do arquiteto e um ponto de viragem para o gabinete. “Foi um projeto que nos deu alguma visibilidade. Tivemos mais reconhecimento, mesmo junto de outros profissionais e em termos de público. Depois disso, foram-nos entregues vários projetos de maior dimensão”, conta o arquiteto, abordando a evolução do mercado.
Com quatro colaboradores, todos arquitetos, o gabinete encontra nos serviços de consultoria de apoio, projeto de arquitetura e de interiores, engenharia e fiscalização de obra, o seu core business. “Fazemos quase o processo completo. Só não fazemos a construção”, afirma o arquiteto. Serviços prestados por todo o país, embora o gabinete encontre o seu principal nicho de mercado “de Lisboa para cima”. A trabalhar na grande maioria com cliente empresarial, o gabinete encontra aqui cerca de 70% do seu volume de trabalho, uma consequência direta do elevado número de reabilitações e remodelações que realiza. “A maioria dos nossos clientes são clientes empresariais, trabalhamos muito em reabilitações ou remodelações de clínicas, no setor industrial e em empreendimentos turísticos”, conta o arquiteto. Os restantes 30% dividem-se entre cliente particular e entidades públicas, sendo o último o que tem menor expressão, representando apenas cerca de 10% do volume total de trabalho. “Em termos de projetos públicos temos três escolas, nos distritos de Braga, Vila Real e Viseu”, conta Jorge Clemente.
Projetos versáteis
Jorge procura, acima de tudo, que o projeto desenvolvido vá ao encontro das expectativas que o cliente deseja e que se torne na materialização exímia do sonho de cada um. Para isso, aposta num serviço completo que acompanhe e aconselhe o cliente nas diversas fases do projeto.
Quando questionado, em entrevista, sobre quais os projetos que mais o marcaram ao longo da história do gabinete, Jorge não esquece o seu primeiro hotel, o Real Abadia Congress & Spa em Alcobaça, e o que lhe deu mais notoriedade, a Casa do Mezio Aromatic e Nature Hotel no Parque Peneda-Gerês, no entanto, na atualidade destaca os três últimos projetos desenvolvidos e que estão agora em fase de construção. O primeiro destaque do arquiteto foi para a Escola Secundária de São Pedro, em Vila Real. A remodelação e alteração do antigo seminário do Verbo Divino no Hotel Verbo Divino, com 136 quartos, em Fátima, também mereceu destaque por parte do arquiteto que indicou ainda o Hotel Maria Isabel, naquele que será uma referência hoteleira na cidade de Coimbra resultante da reabilitação de um edifício do sec. XVII, junto à igreja São Tiago na Praça do Comércio, é um dos projetos do atelier de maior complexidade arquitetónica na parte criativa e de reabilitação, mas também nas questões legais devido a condicionantes de PDM, Centro Histórico e em zona de património da UNESCO, facto que foi reconhecido estando, de momento, este hotel como caso de estudo no 2º ano do mestrado de Reabilitação Urbana da Universidade de Coimbra, no qual Jorge foi orador e será júri.
“Temos sustentabilidade para os próximos anos”
A atravessar uma boa fase, Jorge Clemente assume que “todos os anos temos crescido”. O gabinete registou, de 2017 para 2018, um crescimento na ordem dos 20% e o arquiteto assume com satisfação que “temos sustentabilidade para os próximos anos”. Com um futuro risonho, o gabinete já tem definidas as metas a alcançar a curto, médio e longo prazo. Assim, o arquiteto espera em breve concluir as obras que estão, neste momento, em execução e que são, nas palavras do arquiteto, “muito exigentes”. Já a longo prazo, a equipa de trabalho pretende concretizar e solidificar a internacionalização, “sobretudo nos países do Médio Oriente”