Os sonhos constroem-se…

A Traços e Tangentes Construções, empresa localizada em Macedo de Cavaleiros, dedica-se ao setor da construção civil, estando sempre vinculada a uma engenharia de qualidade. Sob o olhar atento de Pedro Carvalho e Fernando Leonardo, responsáveis por este projeto, a empresa cresce de forma sustentada e continua a satisfazer clientes tanto no mercado particular, como no setor das obras públicas. Para a empresa um facto é garantido: os sonhos constroem-se…
A Traços e Tangentes Construções, nasceu em 2016 com quatro amigos que, de quadrantes profissionais diferentes, apostados em unir sinergias num objectivo em comum, a paixão pela construção. “Esta era uma área de negócio à qual todos estávamos ligados. Apesar disso, os dois primeiros anos foram um desafio.
A estrutura que montámos não era a mais eficiente, até porque todos mantínhamos outros projectos paralelos”, lembra Pedro Carvalho, um dos responsáveis pela empresa, completando: “Em 2018, a equipa de trabalho mudou. Refizemos a nossa estrutura de gestão, recebemos com muito gosto o nosso colega Fernando Leonardo, renovámos o quadro de colaboradores e a rede de parceiros, possibilitando abarcar um mercado de trabalho mais alargado.” Actualmente a empresa é composta por 11 pessoas, oito delas no terreno e três na área administrativa. Assim, o crescimento da Traços e Tangentes materializou-se de forma consistente, conquistando cada vez mais clientes.
Operando, numa primeira fase, no mercado particular, sobretudo para a construção de moradias, a empresa alargou a sua rede de serviços para o setor das obras públicas, ganhando posição na região em obras de referência como por exemplo, no último ano, a renovação de uma ala no Centro Hospitalar Trás os Montes e Alto Douro, para que o grupo Unilabs conseguisse instalar um equipamento de ressonância magnética. Brevemente a empresa vai iniciar uma intervenção de reabilitação dos edifícios no Bairro São Francisco em Macedo de Cavaleiros e na Escola Básica e Secundária de Macedo de Cavaleiros, em consórcio com a DMCS Engenharia e Construção, obras marcantes na região e que se tornarão uma referência no portfólio da Traços e Tangentes. Actualmente também a cargo deste consórcio está em fase de execução as obras de beneficiação e conservação do Edifício Paços do Concelho de Macedo de Cavaleiros. Denote-se ainda, no campo particular e social, a Traços e Tangente foi ainda a responsável pela construção de um Hotel Geriátrico Séniomais em Vale Prados, para além de clínicas, dentárias, de reabilitação e análises clínicas, uma vez que é especializada em obras na área da saúde.
Mercado e falta de mão-de-obra
Olhando para o mercado, Pedro Carvalho e Fernando Leonardo garantem que este continua em alta, uma vez que a procura continua a ser superior à oferta. Contudo, apesar do facto de terem uma notável agenda de trabalhos em carteira, os empresários asseguram que se debatem com uma problemática que condiciona, em muito, a atividade da empresa: a falta de mão-de-obra qualificada para laborar neste setor de actividade. “Uma realidade ainda mais penalizadora para uma empresa do Interior do País como é o caso da nossa. Já são poucas as pessoas que escolhem o Interior para se fixar, são poucos aqueles que consideram esta região atrativa para aqui fazer a sua vida. Se as pessoas já são poucas, pior ainda para uma atividade como esta que é considerada dura, pesada e suja. Os mais jovens fogem para o Litoral, enquanto que muitos profissionais optam por trabalhar no estrangeiro. Os poucos que ficam optam por se estabelecer por conta própria e criar o seu próprio nicho de mercado”, consideram.
Os empresários revelam que recentemente quiseram aumentar a equipa de trabalho e que, apesar de condições atrativas oferecidas pela empresa, foram poucas as pessoas a manifestar interesse: “Além disso, quem apareceu não tinha qualquer experiência na área, sendo que, muitos deles, nem sequer estavam motivados para aprender. Ainda assim, conseguimos encontrar duas pessoas disponíveis e motivadas para tentar, pelo que vamos apostar na sua formação. Acreditamos que o futuro deste setor passará, para além de melhores salários, pela oferta de outras mais-valias aos trabalhadores, como, por exemplo, a oferta de um seguro de saúde;
tudo para que os mais jovens se sintam tentados em aprender esta arte. Essa tem sido a filosofia desta empresa, até porque reconhecemos que não estaríamos onde estamos agora sem a nossa equipa de trabalho”.
A concorrência no setor
Questionados sobre a concorrência no setor, os responsáveis da Traços e Tangentes asseveram que a veem de uma forma saudável e com respeito: “Faz-nos estar atentos e mais preparados. Acreditamos que podemos oferecer algo mais. Fazendo diferente dos chamados ‘empreiteiros tradicionais’. Nós queremos manter e alargar a nossa estrutura de trabalho, acrescentando valor, com gente diversificada em vários ramos de trabalho, mas com um foco permanente no nosso cliente e em dar corpo e construir os seus sonhos. É isso. Respeitamos a nossa concorrência, mas nós pautamo-nos por fazer diferente. Para melhor, na nossa perspectiva.”
Os acreditam que uma estrutura jovem estará dotada de valências diferenciadoras e com força para marcar a sua posição no mercado existente: “A estrutura administrativa de apoio ao terreno, tem um orçamento mensal considerável e muitos empresários não estão dispostos a fazê-lo, até porque muito do trabalho que a equipa administrativa faz é quase invisível, ainda que vital para o sucesso desta empresa. É através dela que nasce o primeiro contacto com os clientes e gestão do todo o processo até à consumação do negócio que se vai executar com qualidade, rigor e profissionalismo. Também é graças a ela que podemos afiançar que é possível construir sonhos e torná-los em realidade”.
O impacto da pandemia
No que concerne às consequências que a atual pandemia teve na Traços e Tangentes, os empresários defendem que esta não afetou diretamente o setor e que a empresa sempre laborou, apesar dos diversos confinamentos. “Internamente tivemos apenas que adotar as novas medidas e recomendações por parte das várias entidades competentes. A pandemia acabou apenas por nos afetar de forma indireta, nomeadamente com atrasos na entrega de materiais necessários para várias obras. Quando as fronteiras fecharam, muitas das nossas encomendas ficaram bloqueadas”, reiteram.
Quanto ao futuro, Pedro Carvalho e Fernando Leonardo mostram-se otimistas e revelam que esperam atingir o milhão de euros de faturação já este ano, confessando que a sua grande aposta a curto prazo será o setor das obras públicas.