Qualidade acima de tudo

Criada a 16 de novembro de 1990, em Viseu, a Aluminibeira – Indústria de Alumínios, Lda. é uma empresa especializada no fabrico e comercialização de produtos e soluções em alumínio e PVC de elevada qualidade para portas fixas e móveis, janelas e marquises, oferecendo soluções técnicas “chave na mão” com uma excelente dicotomia qualidade/preço.
Com uma equipa composta por 14 pessoas e um volume de faturação superior a um milhão de euros, em 2018, a Aluminibeira – Indústria de Alumínios, Lda. fabrica ainda painéis para portas em alumínio e dispõe de uma gama completa de caixilhos para a construção. Desde portas, janelas, persianas, portões e fachadas, a empresa oferece uma grande variedade de caixilharia para todo o tipo de obras, assim como oferece as mais variadas soluções em materiais para pequenas obras, remodelações e reorganização do espaço e decoração.
Olhando para trás, Joaquim Costa, responsável pela Aluminibeira, revela que a empresa sentiu algumas dificuldades quando a última crise económica afetou o nosso país e o setor da construção civil estagnou. “Apesar da adversidade, a nossa estrutura já estava montada e consolidada no mercado, o que facilitou a nossa atuação. Sem uma estrutura sólida teria sido muito difícil subsistir. Para além disso, apesar da crise, nunca prescindimos da qualidade e demos sempre o nosso melhor, tudo para que o cliente ficasse satisfeito e voltasse a recorrer aos nossos serviços. É verdade que o percurso não foi fácil e continua a não ser. A empresa podia estar a faturar muito mais do que aquilo que fatura neste momento, contudo não nos interessa arriscar e depois não conseguir receber e aumentar o crédito malparado. Assim, preferimos ser cautelosos e ter menos clientes, mas melhores e mais seguros”.
O mercado e a concorrência
A Aluminibeira possui clientes tanto no mercado nacional como internacional, sendo que este já representa cerca de 40% da faturação da empresa. A presença da empresa no estrangeiro ocorre sobretudo no mercado francês, contudo a Aluminibeira já realizou obras no Brasil, na Suíça e na Bélgica, para citar apenas alguns exemplos. “A grande diferença entre o mercado português e o estrangeiro é que, no segundo, os clientes exigem qualidade e não se importam de pagar o preço justo por ela. Infelizmente, em Portugal, ainda se trabalha muito com base no preço”, salvaguarda o empresário.
Joaquim Costa assevera que a atuação da empresa tem que ser cautelosa até porque enfrenta uma grande concorrência no mercado da região de Viseu. “Para nos diferenciarmos, para além da qualidade, apostamos em compras em quantidade, o que nos permite oferecer um preço mais atrativo, até porque nos orgulhamos de manter a melhor relação com todos os nossos fornecedores. De realçar que, até no estrangeiro, temos crédito a 60 e a 90 dias, o que diz muito da relação que temos com os fornecedores”. Contudo, apesar de todas estas mais-valias, o empresário advoga que ainda existem empresas que oferecem serviços a preços ainda mais baixos do que os praticados pela Aluminibeira, “o que não conseguimos compreender. A única explicação possível é a de que não vão pagar aos fornecedores e não era necessária esta abordagem, uma vez que o mercado português é suficiente para todos. Desta forma, em caso de problemas, as pessoas ficam completamente desprotegidas e quando precisarem de serviços de manutenção e pós-venda terão que contratar uma nova empresa e pagar novamente, tudo porque a primeira empresa não lhes deixou qualquer garantia”.
O empresário assevera ainda que os orçamentos enviados podem constituir outra forma de embuste dos clientes para algumas empresas. “As empresas enviam os orçamentos com determinadas especificações e depois o produto entregue e instalado não corresponde àquele que foi enviado no orçamento e o consumidor final nem percebe. É certo que nesta questão a Internet veio dar uma ajuda e algumas pessoas já estão mais atentas. Além disso, a caixilharia é um dos últimos componentes a serem instalados numa obra. Assim, as pessoas investem muito no início e, no final, o orçamento já está esticado até ao limite e o cliente opta pelo orçamento mais baixo. As pessoas esquecem-se é que uma boa caixilharia significa elevada poupança no inverno com o aquecimento e no verão com os sistemas de ar condicionado, pelo que deveria ser um produto mais tido em conta. Isto faz com que, passados alguns anos, esse mesmo cliente perceba que tem que fazer um novo investimento e mudar a caixilharia que possui, o que representará um novo gasto desnecessário caso a primeira decisão tivesse sido tomada com outro cuidado”.
Joaquim Costa defende que a obrigatoriedade da certificação energética das habitações também veio trazer maior visibilidade para a importância da instalação de uma caixilharia de qualidade. “Infelizmente, neste setor, é fácil alterar as caraterísticas do alumínio, mexer no tipo de vidro ou alterar a qualidade dos acessórios sem que o cliente comum consiga perceber que tais alterações foram feitas, fazendo com que o custo de produção desça 40% e a empresa aumente a sua margem de lucro. As pessoas têm que estar cada vez mais atentas”. Para combater esta problemática, o empresário afirma que, “tal como acontece noutros setores, também aqui muitos produtos e soluções deviam estar devidamente tabelados e o mercado funcionaria de forma muito mais justa e acabaria com a concorrência desleal e as empresas menos sérias. Em Portugal, por exemplo, uma empresa pode abrir insolvência e, no dia seguinte, no mesmo local, mudar o nome e abrir uma nova firma. Mas grave ainda a fazer uso do stock da empresa anterior, estragando o mercado a quem é honesto e quer cumprir com todos os pressupostos existentes. Espero, para bem do mercado e do país, que esta realidade mude no futuro”, conclui.