Reabilitar o passado e construir o futuro

Jaime Azevedo começou a trabalhar no setor da construção civil com apenas 13 anos. Aos 20, cria a Jaime Azevedo, Construções, Lda. e, juntamente com quatro funcionários, começa a escrever a história de sucesso desta empresa que, em 2019, faturou 12 milhões de euros e que emprega 57 pessoas. Hoje, a Jaime Azevedo, Construções, Lda. é a escolha perfeita para todos aqueles que querem reabilitar o passado e construir o futuro.
Criada em Arouca, em 1980, a Jaime Azevedo, Construções, Lda. é uma empresa vocacionada para o setor da construção civil, especializada na construção e reconstrução de moradias, prédios habitacionais, pavilhões industriais e estabelecimentos comerciais. Com uma faturação, em 2019, de 12 milhões de euros e com uma equipa constituída por 57 profissionais, Jaime Azevedo, responsável pela empresa, confessa que, muitas vezes a equipa chega às 150 pessoas, uma vez que recorre a parceiros em regime de subcontratação, nas áreas da carpintaria, pichelaria, alumínios e eletricidade.
O empresário assegura que a atual pandemia não afetou a atividade da Jaime Azevedo, Construções, Lda. “Tivemos alguns colaboradores em quarentena preventiva, contudo nenhuma obra esteve parada.
Temos sido prudentes e colocamos no terreno todas as medidas de higiene e segurança necessárias. Tenho que agradecer à nossa técnica de segurança cuja intervenção tem sido fundamental. Sentimos apenas os efeitos da pandemia na entrega das matérias-primas, uma vez que estão mais demoradas e é mais complicado ter acesso a alguns materiais. Devido a isso temos algumas obras atrasadas”.
Quanto ao estado do mercado, Jaime Azevedo prevê que o setor da construção civil poderá retrair. “As pessoas estão a ficar desempregadas, estão a ver os seus rendimentos a baixar e a procura de habitação própria vai baixar. Contudo, mesmo que exista essa retração, o trabalho continuará a ser suficiente porque somos cada vez menos a laborar neste setor. Existe um grande défice de trabalhadores nesta área. Os mais jovens não se interessam e não são preparados para isso porque não existe formação disponível, para além daquela que as empresas oferecem”.
Jaime Azevedo é crítico sobre a obrigatoriedade da frequência só no estabelecimento de ensino até aos 18 anos, mesmo que o jovem queira trabalhar. “Quem cria as leis não está a pensar no superior interesse dos jovens. Se um jovem manifesta e reiteradamente afirma que não quer estudar e que quer trabalhar e que, por isso, não obtém qualquer resultado na escola porque tem que ser mantido ali? Não o podemos prender! Assim, não seria mais benéfico integrá-lo no mercado de trabalho a partir dos 16 anos em part-time com a escola e as empresas, onde este pode aprender uma arte, um ofício? Hoje, não existem jovens a apostar numa carreira como trolhas, carpinteiros, eletricistas, picheleiros ou pedreiros. O nosso poder político tem falta de visão e de apoio para todos estes jovens. Porque é que temos que ser todos doutores e engenheiros? Não são esses que nos fazem falta no mercado de trabalho da construção civil”.
Para o empresário, os estrangeiros também não são solução para colmatar a falta de mão de obra e explica porquê: “A maior parte dos imigrantes presentes no nosso País vêm de países quentes, com uma cultura de trabalho completamente diferente da nossa. Assim temos que os formar e correr o risco deles nos abandonarem quando já sabem algo e nos podiam ajudar nesta área aonde a idade média de pessoal que se encontra a desempenhar todas as tarefas na construção civil é dos 58 aos 65 anos, logo não dá para se perceber quem irá desempenhar esta atividade dentro de poucos anos. Uma atividade que é uma das grandes máquinas de qualquer país”.
Quanto à concorrência, Jaime Azevedo afirma que o problema está quando esta é desleal e trabalha com base no preço, “fugindo aos impostos porque não paga de forma declarada aos seus funcionários. Só assim estas empresas conseguem apresentar orçamentos tão baixos. Contudo, quem fica a perder é sempre o cliente. Ele que se desengane porque, no final, o que vai pagar a essa empresa de vão de escada não é mais do que nos pagaria a nós. Este esquema não beneficia ninguém e lesa o Estado que, no fundo, somos todos nós”.
No que concerne ao futuro, apesar de todas as vicissitudes, o empresário está confiante de que os próximos anos serão de crescimento para a empresa. “Não acredito muito em crises. Durante a última, a empresa cresceu exponencialmente porque sempre trabalhei com honestidade, seriedade, profissionalismo e competência e os nossos clientes souberam reconhecer esse esforço. Claro que todos queremos vencer neste mercado, como empresa que somos de qualidade, com pessoal devidamente qualificado e preparado para esta área que é tão especifica, quer na construção nova como na reabilitação em que nesta a experiencia é mais do que uma arte é uma especialidade para a qual a empresa já conta com muitos anos de experiência. Temos é que o fazer bem e de uma forma honesta”.