Reabilitar verdadeiras obras de arte

Criada em 2016, a RBS – Rebuild Solutions, S.A é uma empresa especializada na manutenção e reabilitação dos paredões das barragens, desobstrução e manutenção de passagens hidráulicas, trabalhos subaquáticos, manutenção e reabilitação de todo o tipo de pontes, esta é a empresa ideal para quem quer reabilitar verdadeiras obras de arte que suportam a economia do nosso País.
Benjamin Dias, criou a RBS – Rebuild Solutions, S.A em 2016, em Vila Nova de Gaia, depois de trabalhar durante vários anos por conta de outrem. O empresário recorda que este projeto, que é hoje um sucesso nacional, começou com apenas duas pessoas. No final desse primeiro ano, a equipa de trabalho já tinha duplicado. Quatro anos volvidos da sua criação, a empresa labora suportada numa equipa constituída por 22 pessoas e faturou 1.8 milhões de euros, em 2019. A expetativa é de que a empresa atinja os três milhões em 2020.
Atualmente, a RBS – Rebuild Solutions, S.A dedica-se à manutenção e reabilitação dos paredões das barragens, através da injeção de fissuras e tratamento do betão; ao reforço e consolidação de fundações através de trabalhos subaquáticos, à desobstrução e manutenção de passagens hidráulicas; à manutenção e reabilitação de todo o tipo de pontes, até mesmo as existentes nas autoestradas, nomeadamente no que concerne às armaduras à vista, a drenagem das águas, os apoios, entre outros. “Falamos de material de desgaste que tem que ser substituído ao fim de alguns anos. As vias têm que ser mantidas a funcionar, com toda a segurança, e isso nem o COVID pôde impedir. As forças de socorro e segurança precisam de vias disponíveis, funcionais e desimpedidas. Estas não são obras que possam ser canceladas ou adiadas, têm mesmo que ser realizadas. Se isso não acontecer e se houver alguma questão problemas maiores poderão surgir. Fomos uma das empresas envolvidas na intervenção de urgência para a resolução do aluimento que aconteceu na A41, em 2016. A empresa era ainda recente e este foi um dos nossos cartões de visita no futuro que nos permitiu, por exemplo, intervir na reabilitação da Ponte D. Luís e na Ponte da Arrábida no Porto”, explica Benjamin Dias.
A empresa é ainda especializada em reabilitações estruturais, por exemplo, nas linhas de metro e nos diversos túneis, “o que implica, por vezes, trabalhos complexos de metalomecânica, pinturas especiais, injeções técnicas através de produtos e tecnologias avançadas. Os trabalhos de reforço e consolidação subaquático é uma das vertentes mais especiais da empresa, que conta já com uma vasta experiencia e know-how nesta área. Realizamos ainda intervenções técnicas em todo o património edificado”, advoga o empresário que revela que será mesmo neste âmbito que a RBS – Rebuild Solutions, S.A vai executar uma das suas maiores intervenções em 2021: a Construção do Jardim Romântico, no centro da cidade de Sintra. “Esta será, certamente, uma obra emblemática para nós. No fundo, aquilo que nós fazemos é reabilitar verdadeiras obras de arte que se vão perdendo no tempo”. De salientar que, para alguns destes trabalhos, a empresa socorre-se da sua rede de parcerias, “sempre que a intervenção contempla algum trabalho no qual não somos especializados. Ainda que não construamos nada, as nossas intervenções são sempre muito técnicas. Este é um nicho de mercado muito específico, pelo que a atual pandemia não nos causou quaisquer contratempos.
Dedicada por completo ao mercado nacional, a empresa trabalha tanto para o Estado, como para empresas do setor privado. Neste momento, na sua carteira de clientes podemos encontrar empresas como a Infraestruturas de Portugal, Ascendi, EDP, Metro do Porto e câmaras municipais.
A importância da formação
A RBS – Rebuild Solutions, S.A aposta constantemente na formação dos seus quadros, suportando os seus curtos e permitindo que este se desenvolva em horário laboral. Benjamin Dias explica o porquê desta aposta: “Cada funcionário realiza um diagnóstico de necessidades e a empresa suporta todos os custos desse upgrade. Sempre que pertinente também sugerimos a realizar de formação em áreas que consideramos essenciais, sendo que, paralelamente, os colaborares também recebem formação por parte das várias marcas de equipamentos com que trabalhamos, tudo para que acompanhem atempadamente todas as evoluções tecnológicas. Considero que o progresso dos funcionários enquanto profissionais traz inegáveis vantagens para a empresa, uma vez que provoca também o seu crescimento e alavanca a sua evolução”.
O empresário conta que, como já esteve do outro lado, e foi funcionário, sempre disse que quando fosse patrão tudo faria para que a sua equipa de trabalho gostasse e se sentisse bem na empresa.
É esta promessa que Benjamin Dias tenta concretizar constantemente. “Todos os funcionários têm o meu contacto e são convidados a falar comigo sempre que considerem pertinente e sempre que têm ideias que acham que devo ouvir. Os colaboradores são compensados mensalmente, se tal se justificar, e não têm que esperar pelo final do ano para que isso aconteça. Se se esforçam e se usam o seu tempo de descanso para pensar na empresa e na sua evolução devem ser recompensados. Os salários praticados também são acima da média. Crescemos e evoluímos juntos, razão pela qual os setores são laboram de forma quase autónoma. Claro que as minhas escolhas nem sempres são as certas, contudo, eu só falho porque tento sempre dar a toda a equipa mais e melhores condições”.
Mão de obra procura-se
Questionado sobre o estado de mercado, Benjamin Dias advoga que este é um ano atípico, “repleto de oscilações. Hoje podem ser só boas notícias e amanhã um dia inteiro de más, pelo que o verdadeiro estado do mercado é difícil de aferir. É público que o próximo ano será promissor ao nível do lançamento de obras, até porque falamos de um ano em que se vão realizar as eleições autárquicas. Apesar disso, muitos empresários estão renitentes e têm algumas dúvidas de que 2021 seja assim tão promissor. A incerteza é muito grande e ninguém quer avançar prognósticos”. No que concerne à RBS – Rebuild Solutions as perspetivas são boas, sendo que a empresa já tem adjudicadas obras no valor de 1.5 milhões de euros, para 2021.
O empresário assevera, porém, que o grande problema no setor na atualidade é a falta de mão de obra disponível, sobretudo especializada. “Neste momento integrava, de imediato, uma dezena de pessoas. Para isso estamos disponíveis para dar toda a formação necessária a quem demonstre essa disponibilidade, ainda que saibamos que isso signifique o investimento de, pelo menos, um ano. Não falamos apenas das tarefas, mas também de todo o material e equipamento técnico que o novo funcionário terá que aprender a utilizar, assim como das fichas técnicas que terá de aprender a interpretar. Estes não são trabalhos de construção civil tradicionais, pelo que as pessoas têm que dar tempo ao tempo e garantir que se sentem preparadas para fazer face a qualquer vicissitude ou imprevisto”.
Benjamin Dias garante que esta tem sido a grande luta da empresa no decorrer dos últimos anos. “Trabalhamos num setor onde a exigência é elevadíssima e onde temos que cumprir todas as recomendações, por exemplo, ao nível da higiene e segurança no trabalho, qualidade e ambiente. Neste momento a nossa equipa é constituída, a 50 por cento, por técnicos de todas estas áreas e 50 por cento de trabalhadores efetivos que laboram na manutenção e reabilitação. Costumo dizer que as grandes empresas nunca acabam, transformam-se e é precisamente isso que tentamos fazer incessantemente: acompanhar o mercado e suprir as necessidades de todos os nossos clientes com a maior qualidade, rigor e profissionalismo”.
Quanto ao futuro, o empresário revela que, já no início de 2021, a RBS – Rebuild Solutions, S.A irá abrir uma delegação em Lisboa. “O nosso mercado tem crescido a Sul do País e queremos que os nossos clientes sintam que estamos próximos e sempre disponíveis para qualquer eventualidade. Hoje em dia, longas deslocações são penalizadoras porque temos que ter as nossas equipas próximas dos clientes. Para além disso, pretendemos consolidar a nossa posição no mercado, ao mesmo tempo que trabalharemos para ser mais autónomos e autossustentáveis, ou seja, para dependermos, cada vez menos, de outras empresas para a realização de determinado trabalho. Tecnicamente pretendemos evoluir para prestar serviços na intervenção e estabilização de taludes, mais-valia que alguns clientes nossos também irão valorizar”, conclui.