Um futuro ecológico com naturalidade

Com novas soluções ambientais em vista, a NTA tem sido pioneira em Portugal no que toca a alternativas ao combustível. Seja ligeiro ou pesado, o gás natural promete revolucionar a indústria do automóvel e, neste caso, não é só o planeta que irá agradecer: a sua carteira também.
Há 50 anos, quando falávamos de gás, possivelmente, a primeira coisa que nos lembrávamos era se tínhamos deixado o fogão da cozinha acesso ou se seria necessário trocar a botija em casa. Hoje, em 2019, gás é sinónimo de uma realidade muito mais ampla. Falamos de veículos automóveis, de combustível, do meio ambiente, mas, acima de tudo, falamos da sustentabilidade da indústria automóvel. Foi ao encontro desse futuro, mas pensando no presente, que o Empresas+® foi ao encontro de Edgar Sousa, administrador da NTA, empresa sediada na Batalha e especializada na instalação de sistemas de gás natural em veículos, fornecendo novas tecnologias ambientais e um futuro ecológico e sustentável. É precisamente com naturalidade, que Edgar concebe o futuro do combustível: “Andamos neste projeto há quatro anos, à busca de combustíveis alternativos. Foram anos de imensas experiências com equipamentos de gás natural. Após essa pesquisa ter sido concluída com sucesso, acreditamos que temos a solução certa para converter todos os veículos do país – tanto a diesel como a gasolina – para o gás natural. Acreditamos que o gás natural será o futuro nas viaturas pesadas. Aliás, as empresas já começam a apostar em veículos de origem com essa mais-valia”. No que diz respeito aos veículos ligeiros, a NTA já apostou na criação de numa nova franchise: a EVolution, com o objetivo de alargar a sua rede e assegurar mais e melhor assistência a veículos elétricos e híbridos.
A solução apresentada pela NTA é o Gás Natural Veicular, conhecido por “GNV”, um combustível disponibilizado na forma gasosa ou líquida. Edgar Sousa explica que “o gás natural tem origem no subsolo da Terra, sendo resultante da degradação de matéria orgânica ao longo de milhares de anos. Assim, a sua utilização em veículos ligeiros é feita através de gás natural comprimido [GNC] e, no caso das viaturas, poderá ser consumido no seu estado comprimido [GNC] ou sob a forma liquefeita [GNL]”. Mas quais são as verdadeiras vantagens desta mudança? “A utilização do gás natural significa uma redução entre os 80 e os 95% nas partículas que poluem o ambiente. Aqui conseguimos simplificar todo o sistema do carro e atingimos todas as normas pretendidas com extrema facilidade. Enquanto que nos veículos ligeiros esta adaptação pode trazer algumas dificuldades pois retira espaço útil ao carro devido à instalação de um cilindro, num veículo pesado esta solução é ideal, uma vez que, com estas reduções, em 100 mil quilómetros que um veículo pesado tenha percorrido, com a utilização do gás natural a rentabilidade já será considerável”, assegura Edgar.
Neste momento, o grupo de empresas onde está inserida a NTA, conta com a colaboração de uma equipa especializada de trinta pessoas e apresenta uma faturação que já supera os sete dígitos por ano. Edgar Sousa enumera as diversas vantagens do gás natural. “Para começar custa cerca de 70% menos que o gasóleo. Além disso, as viaturas com este sistema consomem um combustível de queima limpa, o que reduz a necessidade de manutenção no que diz respeito a trocas de óleo ou velas de ignição”. Contudo, de acordo com o empresário, as vantagens não são só económicas: “O gás natural é a energia mais limpa das utilizadas atualmente como alternativa aos combustíveis fósseis. As emissões de escape de dióxido de carbono dos veículos que apostam neste sistema são cerca de 20% inferiores aos restantes”, acrescenta. Além de tudo isto, a segurança deste novo sistema é também uma certeza. “É importante que as pessoas percebam que, além de termos criado uma alternativa sustentável, esta não é perigosa. A gasolina incendeia a 200 graus Célsius, o diesel a 400, já o gás a 600. Apesar de existir a ideia de que o gás explode facilmente, não podemos esquecer que estas acontecem porque o gás está comprimido. Assim, o nosso nível de resistência é imensamente superior às demais soluções. Na América do Sul há mais de 15 anos que usam este sistema. Nós é que estamos tecnologicamente atrasados. Esta situação é ainda mais preocupante quando as nossas reservas de gás são cinco vezes superiores às reservas de petróleo, por isso, recursos não nos faltam”.
Futuro ecológico sobre rodas
Com um investimento forte na empresa, a rondar o meio milhão de euros, Edgar Sousa não tem dúvidas: “Temos um trajeto claro. Atualmente, grandes empresas de transportes estão a fazer a reestruturação das suas frotas. O problema dos carros novos é que a potência é muito baixa. O que conseguimos com a nossa solução? Conseguimos manter a potência de origem do próprio veículo. O nosso cliente pode ter um carro com 200, 300 ou 600 cavalos. Com o nosso sistema a gás a potência mantém-se exatamente a mesma, o que faz com que concretizemos o nosso objetivo: redução de custos e redução de poluição. Neste momento já estarmos a realizar conversações avançadas com grandes parceiros e com marcas europeias da indústria automóvel”.
Num ano de explosão da marca, a NTA tem como objetivo a curto prazo a extensão da própria empresa, através de uma aproximação maior ao cliente. Edgar Sousa revela que pretende criar e instalar um posto de abastecimento de gás natural na zona de Leiria, junto à sede da empresa. “Estamos em fase de licenciamento, sendo que já temos imensos parceiros que nos querem apoiar neste projeto. Já existem postos a Norte, assim como a Sul. No Centro existe um grande défice e nós queremos que o Centro esteja tão preparado como o resto do país”. Para além do posto, a NTA espera conseguir aproximar-se ainda mais das empresas de transportes, para se tornar, gradualmente, numa aposta segura para o futuro de todos os veículos, mas não só: uma aposta também segura para o futuro do planeta.