Uma confiança de duas décadas

Com uma reputação “à prova de bala” construída ao longo das últimas duas décadas, a Alumínios AP&DM continua dedicada a prestar um serviço rápido e de qualidade na execução e montagem de sistemas de alumínio. A empresa propõe soluções termicamente eficientes, esteticamente variadas e adaptadas às maiores exigências com vista à satisfação plena de todos os seus clientes.
Foi ao som de guilhotinas, vidros e motores de montagem que a Alumínios AP&DM deu a conhecer à Empresas+® o projeto que tornou a empresa numa das maiores referências no serviço eficiente e de qualidade na execução e montagem do alumínio. Com uma fundação que data a 1999, foi ainda no anterior milénio que Avelino Pinho e Daniel Mateus, em parceria, apostaram numa nova solução na área do alumínio que tem trazido excelentes resultados não só a nível interno, como também internacional. Registando uma faturação que ultrapassa o valor de um milhão de euros anualmente, e com sede de produção em Santa Maria da Feira, a Alumínios AP&DM encara, hoje, o presente de uma forma muito mais auspiciosa do que poderia encarar nos últimos 20 anos. Isto porque, com duas graves crises económicas que assolaram o mercado a todos os níveis, em 2000 e em 2011, a empresa especializada no fabrico de portas, janelas e elementos similares, tudo em metal, experienciou graves dissabores financeiros, maioritariamente oriundos de parceiros e clientes com crédito malparado, mas também em resultado da ausência de obras e projetos, o que deixou o mercado em Portugal estagnado. “Foi uma razia que se assistiu no nosso país. Não havia obras para se fazer e a estrutura que tínhamos era já significativa. A crise também nos obrigou a mudar a nossa política de financiamento”, explica Avelino Pinho que, na altura, viu o mercado externo como uma necessidade para contrabalançar a falta de trabalho que existia em Portugal. “A internacionalização não foi uma aposta nossa propriamente dita. Emigrámos porque a isso fomos obrigados. Começámos por França e, felizmente, a nossa relação com aquele mercado cresceu imenso. Atualmente é um dos mais fortes. Foram esses mesmos parceiros que nos conferiram uma outra perspetiva sobre o mercado externo”, assegura Daniel Mateus, um dos fundadores da Alumínios AP&DM. Neste momento, a empresa possui parceiros em França, Cabo Verde e Marrocos.
Aposta na qualidade
No que concerne ao mercado interno, atualmente, este representa cerca de metade da faturação da empresa, o que obriga a Alumínios AP&DM a manter uma oferta de qualidade, eficiência e não apenas um serviço que se destaque pelo preço, elemento ainda muito enraizado na indústria portuguesa, situação essa que causa estranheza aos proprietários. “Em comparação com outros mercados, a principal diferença em Portugal ainda são os preços. Há orçamentos que nem o material dá para comprar quanto mais realizar todo o serviço, o que nos faz questionar e mostrar muitas reticências quanto à sua qualidade”, assegura Avelino Pinho que, apesar disso, reitera que não irá alterar os seus padrões de produção. “Nunca iremos obter material mais barato, só para fazermos o serviço. Mantemos o nosso serviço de qualidade assegurado, até porque comprar material barato dá, obrigatoriamente, problemas no futuro, além de outras dores de cabeça! Esse não é o caminho que queremos para nós e é por isso que temos parceiros, tanto no vidro como nos acessórios, que nos deixam descansados quanto à qualidade”, reitera Daniel Mateus.
É uma aposta inequívoca na qualidade dos seus produtos e serviços que tem criado a fidelização de clientes à Alumínios AP&DM em Portugal ao longo dos anos. Para além disso, a empresa tem construído uma longa relação de confiança com os seus clientes, o que faz com que a recomendação seja já num fator importante. “Como já somos um nome conhecido no nosso país, atualmente os clientes é que vêm ao nosso encontro para pedir um orçamento. Trata-se de um mercado que criámos há 20 anos, portanto é natural que assim seja. O que nos congratula é ver, hoje, familiares e amigos de antigos clientes, de há mais uma década, virem cá pedir um orçamento. Isso mostra o que nosso trabalho os deixou satisfeitos”, explica Avelino Pinho. No entanto os proprietários da Alumínios AP&DM ainda olham para o mercado interno como um cenário longe de ser confiável, uma vez que é relativamente pequeno. “Basta vir um vendaval e abana toda a estabilidade que existe hoje”, relatam os proprietários.
“Nunca vieram acabar uma obra nossa”
Com cerca de 800m2 de área coberta e com um terreno de 2400m2, na Zona Industrial de Canedo, a Alumínios AP&DM, que já conta com mais de 100 obras no estrangeiro e com mais de cinco mil clientes espalhados por todo o mundo, continua fiel aos seus princípios: todas as soluções de caixilharia em alumínio e PVC são soluções à medida do cliente. Com uma forma de trabalhar personalizada e adaptada ao consumidor final, a empresa mantém-se à margem da concorrência gerada pelas grandes superfícies. “Se forem precisas 20 janelas, iremos fazer 20 janelas com medidas diferentes. Seja uma vivenda, uma casa que precisa de ser aumentada, ou uma marquise. Para trabalhos em séries existem as grandes superfícies e é por isso que nós escolhemos um caminho diferente, um serviço mais personalizado. Este é um trabalho mais específico, mas que também nos dá maior prazer”, assegura Daniel Mateus. E é precisamente através deste modo de trabalhar com os clientes, que a Alumínios AP&DM vê o seu reconhecimento ganhar contornos mais expressivos, até porque um serviço acaba quando a obra termina. “Se for preciso alterar alguma coisa mesmo depois do serviço estar concluído, nós alteramos. Se a porta é a errada porque o cliente decidiu que já não gosta, nós fazemos essa alteração, mesmo que tenhamos prejuízo no processo. A completa satisfação do nosso cliente é algo que, para nós, nem se discute. Claro que este é um esforço extra da nossa parte, até porque nos obriga a comprar mais material, mas o que interessa é sempre a satisfação do cliente. O resto é secundário, sinceramente”, explica Avelino Pinho, que completa: “Em 20 anos de existência, nunca foi necessário que uma terceira entidade terminasse uma obra nossa. E isso só pode existir quando há um acompanhamento total na matéria em que estamos envolvidos”.
De acordo com os empresários, a obtenção de mão de obra qualificada e especializada continua a ser um motivo de alarme no setor, não só pela necessária adaptação ao terreno, mas também pela falta de preparação conseguida no âmbito da formação profissional. Avelino Pinho e Daniel Mateus alertam mesmo para um défice mais incisivo sentido ao longo dos últimos anos. “A situação piorou. Hoje em dia é muito difícil arranjar pessoas para esta área, sobretudo pessoas que saibam o que é trabalhar nesta área. Muitas que aparecem não têm qualquer base de conhecimento e para formar alguém nesta área, ao ponto de ser independente, é necessário, no mínimo, um ano de investimento. Em alguns casos até mais. Infelizmente, em Portugal, não há qualquer aposta em formação no setor, seja em termos académicos, seja em termos profissionais. E isso é preocupante”.
Apesar de todas as adversidades, a especialização no setor não é um obstáculo para a Alumínios AP&DM, que conta hoje com quase duas dezenas de colaboradores ao seu serviço, e que vê o nível de produção mensal atual como elemento chave para continuar a alcançar as metas projetadas para o futuro. Para os responsáveis pela empresa, mais do que apostar num mercado em detrimento do outro, o importante, neste momento, é “conseguirmos manter os nossos mercados e os nossos clientes satisfeitos. Prevemos, inclusive, que o mercado irá baixar nos próximos dois anos, portanto temos que ser cautelosos e estar sempre um passo à frente. Se faltar produção de um lado, tentaremos ir buscar do outro, tudo para que consigamos sempre manter o nosso nível produtivo”. Para Daniel Mateus, a qualidade do trabalho que a Alumínios AP&DM presta é um melhor cartão de visita para a empresa. “Se estamos aqui há 20 anos, após duas grandes crises económicas, é por alguma razão. Esperamos e pretendemos manter essa imagem por outros 20”, conclui.