“We turn ideas into works of art”

Não é a história de Pedro e Inês, mas também ela é uma história de como o amor, aliado à ambição e vontade de singrar, faz a receita perfeita para o sucesso. Paulo Gregório e Inês Rocio, formados em Engenharia Civil, pela Universidade do Algarve, decidiram, em 2010, devido à falência sucessiva de outras empresas onde trabalharam, iniciar um projeto próprio, a PORTICONE.
A PORTICONE, sediada em Vilamoura, abrange um leque variado de prestação de serviços nas áreas da engenharia e arquitetura de edifícios. “A engenharia é uma área fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Para que existam edifícios bem construídos, funcionais e eficientes é fundamental que exista um bom projeto e obviamente uma entidade executante competente”, afirma Paulo.
As três áreas dominantes onde atua são a gestão de projeto, nomeadamente, a consultoria em investimento imobiliário, prestando auxílio ao cliente no que concerne à qualidade do investimento, de forma a poder rentabilizá-lo ao máximo, a engenharia, através da realização de projetos, certificações energéticas, fiscalização, entre outras, e no setor de inspeções técnicas, que diz respeito à realização de peritagens técnicas, de modo a avaliar o estado dos edifícios.
“A nossa obra é sólida”
A PORTICONE trabalha, cerca de 80%, para o cliente final, principalmente, cliente estrangeiro. “Acho que nós temos que tratar muito bem esse investimento e essa procura externa, porque não imagino o Algarve sem o investimento estrangeiro”, assume.
Para a PORTICONE, esse investimento vem, maioritariamente, de clientes franceses e ingleses e, com o Brexit em voga, viria, igualmente, a possibilidade do investimento dos ingleses em Portugal diminuir, mas Inês Rocio afirma que “para nós não teve impacto pois temos mantido um aumento do volume de trabalho”.
A área onde atua pertence, maioritariamente, ao Algarve, nomeadamente, ao triângulo dourado, onde se encontra sediada. Porém, o mercado internacional não passa despercebido e já realizaram algumas obras importantes noutros países. “Já tivemos alguns trabalhos internacionais. O ano passado, e este ano, desenvolvemos algumas moradias para Moçambique e, inclusive, fizemos o projeto de execução estrutural do aeroporto dos
Camarões. Atualmente, fazemos o Algarve todo e alguns projetos em Lisboa, mas, essencialmente, o Algarve e Moçambique”, revela Paulo.
Sobre o futuro
No entanto, apesar das obras realizadas em Moçambique, o engenheiro admite o facilitismo com que se depara, no que diz respeito à sua legislação, onde conseguem facilmente dar entrada e licenciar os projetos, o que não acontece noutros países. “O nosso objetivo passa por consolidar a posição no Algarve e o que surgir para fora, ótimo”, exclamou.
Relativamente a metas delineadas, afirma que “o nosso futuro passa por tentar captar mais clientes e tentar melhorar a qualidade do trabalho, numa perspetiva de evolução constante, e tentar perceber onde é que estamos a errar e melhorar ainda mais”.
Mensagem a um jovem engenheiro
Quando solicitado pelo Empresas+® a aconselhar um engenheiro recém-licenciado sobre como deveria começar o seu percurso profissional, Paulo relata uma experiência pessoal passada numa época semelhante da sua vida. “Eu quando acabei o curso, havia uma obra onde eu gostava muito de estagiar. Na altura, quando questionei se havia vaga para um estagiário e eles me disseram que não, perguntei se havia hipótese de estagiar a custo zero, e aí eles concordaram. Passados três meses, fizeram-me um contrato. Ou seja, tive uma oportunidade e assumi que aquele tempo iria fazer parte do meu investimento em formação e foi onde trabalhei até 2006. Isto para dizer que a engenharia civil é uma área que requer dedicação e muito trabalho”, finaliza o engenheiro.