35 anos ao serviço do cliente
Vítor Frias é o mentor de dois projetos de sucesso, a Bioflorestal, empresa especializada na compra e venda de madeira, produção e comercialização de biomassa, e a Transfialense, empresa que se dedica ao transporte rodoviário de mercadorias, produção de estilha, preparação de terrenos/plantações, arranque (tesoura) de cepos, prestação de serviços à indústria, aluguer de máquinas e equipamentos industriais, agrícolas e florestais. O empresário está há 35 anos ao serviço do cliente.
A Bioflorestal, localizada em Albergaria-a-Velha, Aveiro, centra a sua atividade na preservação de um dos bens mais importantes para o futuro do ser humano e que está na ordem do dia, a floresta. Criada em 2008, a empresa dedica a sua atividade à compra e venda de madeira, produção e comercialização de biomassa, serviços de silvicultura e arrendamentos florestais, sendo que também executa desmatações e limpezas florestais e presta serviços de consultoria em reflorestação sempre que necessário. Atualmente, esta é uma referência no mercado e afirma-se como uma empresa verde e ecológica, uma vez que aposta em elevados padrões de qualidade e sustentabilidade, promovendo o equilíbrio perfeito entre o meio ambiente e a biodiversidade, sempre em respeito pela conservação e manutenção dos mais variados recursos que nos são disponibilizados pela natureza.
Por sua vez, a Transfialense tem o seu core business no transporte rodoviário, na movimentação e manuseamento de mercadorias tais como rolaria, equipamentos e maquinaria, na preparação de terrenos/plantações e no arranque (tesoura) de cepos, sempre com soluções adequadas às necessidades dos clientes mais exigentes. A empresa oferece ainda soluções especializadas como é o caso da trituração de biomassa e estilha. Conhecida e reconhecida no mercado pelo seu profissionalismo, a Transfialense aposta na qualidade dos seus serviços e na eficácia das suas soluções, mantendo sempre elevados os níveis de exigência e de excelência, fruto do know-how acumulado de Vítor Frias ao longo de 35 anos, o mentor destes dois projetos. Atualmente, as duas empresas comportam uma equipa de trabalho constituída por 70 profissionais altamente qualificados.
Vítor Frias, administrador e fundador da Bioflorestal e da Transfialense, refere que os últimos anos têm sido positivos, na medida em que as empresas têm registado um aumento exponencial no volume de faturação. Apesar disso, o empreendedor admite que os recentes incêndios que fustigaram o nosso País, “além de toda a destruição e da perda irreparável de vidas”, prejudicaram a atuação das empresas e explica porquê: “Muita madeira que ainda não estava pronta para o corte ficou queimada. Além disso, neste momento, os agricultores não estão sensibilizados para a necessidade de realizarem novas plantações e de procederem a reflorestação, uma vez que este é um negócio pouco ou nada lucrativo. Hoje em dia, estão a ser praticados os mesmos preços de há dez anos e os custos são muito mais elevados, o que faz com que a margem de lucro seja muito menor, o que é prejudicial para qualquer pessoa. Para dar apenas alguns exemplos, é inegável que o custo do combustível e dos equipamentos é muito mais elevado na atualidade, isto já para não falar do custo da mão de obra. Todas as despesas sobem, contudo, o preço da matéria-prima mantem-se inalterado, o que faz com que este seja um negócio muito difícil”.
O empresário advoga que o setor se debate com a problemática da falta de mão de obra para trabalhar nesta área e que o Estado tem grandes responsabilidades neste facto, “uma vez que «paga» a muitas pessoas para que estas fiquem em casa sem fazer nada. Assim, se ganham o suficiente para as suas despesas sem terem que trabalhar, porque vão mudar de comportamento? Claro que depois precisamos de pessoas para trabalhar e estas não existem e/ou não estão disponíveis. É inegável que todas as pessoas merecem e devem ser ajudadas. Todos podemos sofrer um infortúnio, ficar no desemprego, ter uma incapacidade. O problema são as pessoas que fazem das ajudas do Estado um modo de vida, quando existem postos de trabalho por preencher. Defendo que, nestes casos, o apoio deveria ser retirado”.
Quanto à concorrência, Vítor Frias assevera que nunca foi assunto com o qual se tenha preocupado. “Todas as empresas têm direito de estar no mercado. O cliente é que vai escolher aquela que melhor responder às suas necessidades. Apesar da vasta experiência e de todas as dificuldades, olhamos sempre para o mercado de uma forma muito positiva. Além disso, realizamos uma aposta constante na melhoria dos nossos serviços e apostamos sempre na inovação tecnológica. Neste sentido, recebemos, no final do ano passado, dois novos equipamentos que são únicos na Península Ibérica e que nos permitirão responder de forma ainda mais assertiva às necessidades dos nossos clientes. Em quatro máquinas que comprámos realizámos um investimento de cerca de dois milhões de euros”.
Combate aos incêndios
O empresário é crítico das medidas de combate aos incêndios que têm sido tomadas por parre das entidades competentes no nosso País. “Ainda que sejam tomadas algumas medidas preventivas em caso de incêndio florestal, a verdade é que não sentimos que a abertura de faixas tenha sortido grande efeito. O mesmo acontece com a limpeza dos terrenos. Ainda no ano passado, a região enfrentou um grande incêndio e os terrenos estavam limpos e as faixas de limpeza e combate estavam construídas e de nada serviu”.
Vítor Frias defende que a solução passa por dotar as corporações de bombeiros de frotas capazes de realizarem combate efetivo e incisivo aos incêndios. “Mal o fogo começa, os bombeiros devem deslocar, de imediato, uma pequena viatura que seja capaz de alcançar os locais de mais difícil acesso. Desta forma, o fogo nunca atingirá grandes proporções. Se esperam ter acesso a ele através das grandes vias, o seu combate nunca será eficaz”, explica o empresário.
Vítor Frias alega ainda que, ao longo dos últimos anos, as leis que foram aprovadas dificultaram a vida aos agricultores. “Urge agrupar a floresta e era de vital importância que existissem fundos para que esta tarefa pudesse ser realizada. Além disso, as pessoas esquecem-se que, com o corte das árvores para a abertura de faixas de proteção, a vegetação cresce muito mais, o que não aconteceria se as árvores continuassem onde sempre estiveram. Esta vegetação, que rapidamente atinge um grande tamanho, acarreta um perigo muito maior do que as próprias árvores. Fazer estas faixas de dez metros junto às estradas não adianta de nada. Além disso, o Estado é o primeiro a não dar o exemplo, uma vez que as suas matas, apesar da lei, e apesar de o exigirem aos particulares, estão todas sujas. Por muito que se fale, a verdade é que não se faz nada em prol da floresta no nosso País e as entidades competentes deveriam tomar medidas”.
Em relação ao futuro, o empresário afirma que o grande projeto será a construção de novas instalações, na Zona Industrial de Albergaria, num investimento superior a um milhão de euros. As obras deverão começar ainda em 2020.