“A base é sempre o projeto”
A Az.Leba, localizada em Oliveira de Azeméis, é uma empresa com grande enfoque na realização de projetos ligados à arquitetura, especialidades, topografia, loteamentos, indústria, fiscalização e direção de obra, sendo que a experiência, qualidade e profissionalismo são a sua imagem de marca. Com centenas de clientes satisfeitos ao longo dos anos, a Az.Leba é uma referência no setor e o seu criador, José Antunes, um profissional altamente respeitado pelos seus pares.
Para José Antunes, responsável pela Az.Leba – Arquitetura e Engenharia, Lda., os últimos anos têm sido muito positivos. “Não sentimos qualquer crise. As solicitações têm sido muitas, mais do que aquelas que podemos aceitar. Nem a atual pandemia nos afetou, com exceção dos cuidados de higiene e segurança que tivemos que operacionalizar. Aliás, naqueles dois meses em que o País parou, tivemos uma série de projetos de moradias para fazer. Assim, apesar de termos estado fechados, estive a adiantar esse trabalho em casa e quando a economia reabriu estava tudo pronto para que pudéssemos avançar. Os nossos clientes ficam satisfeitos com o nosso trabalho e falam disso com os seus conhecidos que depois também nos contactam”.
O empresário assegura que “a base é sempre o projeto” e se existem gabinetes que fazem um pouco de tudo, na AZ.Leba foca-se por completo no projeto. Assim, ainda que reconheça que isso condicione o volume de negócios da empresa José Antunes advoga que, acima de tudo, tem que respeitar, por completo, a pessoa mais importante: o cliente. “Quando ele nos procura, fá-lo pelo projeto e nada mais que isso e é por isso que o nosso atendimento é completamente personalizado e focado nas suas necessidades, desejos e ambições. Acompanhamos depois a obra e certificamo-nos de que o projeto está a ser respeitado. O nosso acompanhamento é sempre pessoal e próximo. Claro que este é um esforço suplementar que fazemos, mas que nada custa, quando fazemos aquilo que gostamos e eu faço aquilo que gosto”.
A atualidade no setor
José Antunes reconhece que, neste momento, o mercado é competitivo. “Ou o técnico tem nome na praça e as pessoas recorrem a ele pelo nome, ou esta é uma área onde a margem de lucro é curta. Em contrapartida, o aspeto positivo é que o mercado continua em crescimento, uma vez que o setor da construção civil ainda não entrou em crise. O grande problema é que o setor está demasiado dependente dos bancos. Assim, quando as entidades bancárias decidirem deixar de emprestar dinheiro, teremos um problema”.
O empresário alerta ainda para o peso que a burocracia tem no dia a dia e na tesouraria das empresas. “Ela foi aumentando e, atualmente, atinge níveis inimagináveis custando tempo e dinheiro às empresas. O problema é que a maior parte é completamente inconsequente e não serve para nada, só mesmo para atrasar os processos e criar pilhas e pilhas de papel, o que não faz qualquer sentido. Antigamente, os projetos eram muito mais simples e lineares e podíamo-nos concentrar no que era realmente importante”.
No que concerne à concorrência, José Antunes garante que, apesar de esta ser feroz, a Az.Leba tem a sua posição consolidada no mercado. “Já estamos presentes no mercado há 40 anos, pelo que o nosso conhecimento e know-how não pode ser comparável ao de um recém-licenciado. Eles oferecem preço, enquanto que nós oferecemos qualidade. Nenhuma universidade ensina a escola da vida, essa é aprendida dia a dia. Claro que esse sangue novo também é importante para a renovação. Daqui a 10 ou 20 anos serão eles a dominar o mercado. Para além disso, existem outros players que, apesar de estarem presentes no mercado há algum tempo, optam por uma concorrência com base no preço, algo que nunca faremos”. O empresário também não esquece a importância da formação, sendo perentório ao afirmar que, neste campo, “o nosso sector está muito carenciado, as leis saem e, em obra, essa informação não é transmitida. Por exemplo, a certificação energética obriga à ventilação. Contudo, são poucas as empresas que dominam o trabalho em alumínio e então as restantes continuam a comercializar as soluções que sempre tiveram e já não estão de acordo com a lei. Pior que isso, ainda dizem ao cliente que as grelhas previstas na lei encarecem a obra. Para mim não há dúvidas, se as grelhas ou a ventilação são obrigatórias, os preços apresentados devem contemplar esse produto. A verdade é que o setor necessita de formação, formação e mais formação”.
Já quanto ao futuro, o empresário assegura que este é sempre incerto, sobretudo agora quando “desconhecemos as reais consequências desta pandemia”.