Interiores com inspiração
Em entrevista ao Empresas+®, José Carlos Gordalina, responsável pela Omicom, e Hugo Coelho, designer industrial, revelam o segredo para o sucesso desta empresa no sector da construção de interiores, arquitetura e design. Com uma aposta em parcerias sólidas, soluções à medida e com o cumprimento escrupuloso de preços e timings a Omicom realiza interiores com inspiração.
Olhando para trás, José Carlos Gordalina, responsável pela Omicom, refere que ainda que a empresa seja criada apenas em 2002, sempre esteve ligado a este setor de negócio. “Depois de alguns anos a trabalhar no estrangeiro, decidi que era tempo de regressar e de me lançar por conta própria. Comecei apenas com um amigo, com uma pequena empresa e fomos lentamente evoluindo e crescendo. Desde logo tivemos o cuidado de nos aliarmos a parceiros que nos permitiriam colocar ao dispor dos clientes soluções diferenciadas tanto na área dos tetos, como da construção, assim como do mobiliário”.
Especializada na conceção de espaços de trabalho, através de sistemas integrados de divisórias ou através de mobiliário para open-spaces, tetos falsos, pavimentos, revestimentos, sistemas de ar condicionado, eletricidade e iluminação, a Omicom tem na sua equipa de trabalho o elemento central e diferenciador em cada projeto. “O segredo do nosso sucesso é alicerçado na equipa de trabalho que possuímos, sendo quem além de competente e especializada, é também focada e dedicada à satisfação das necessidades dos nossos clientes”, explica o empresário. Hugo Coelho acrescenta que a Omicom “existe para servir os seus clientes e para responder afirmativamente à resolução das suas problemáticas e é nessa missão que estamos focados. Claro que, enquanto designer, tento sempre oferecer soluções com uma boa dicotomia estética/funcionalidade, contudo, em primeiro lugar, está e estará sempre o cliente. É aqui que nos diferenciamos porque conseguimos converter em realidade o sonho, a ideia do cliente. Conseguimos perceber o que ele quer e sabemos como o concretizar. A juntar a tudo isto, orgulhamo-nos ainda de cumprir sempre e impreterivelmente com os timings e com os custos projetos e definidos”. Atualmente a equipa Omicom é composta por uma dezena de pessoas e a empresa obteve um volume de faturação em 2018 superior a 600 mil euros.
Apesar de a empresa estar focada por completo no mercado nacional, José Carlos Gordalina revela que a Omicom já recebeu propostas para realizar projetos no exterior. “Apesar disso, sempre considerei que não estavam reunidas as melhores condições para avançarmos. Esta é uma empresa pequena focada nos serviços e na venda de produtos, até porque concebemos e fabricamos as nossas próprias soluções, ainda que também apostemos na revenda de algumas marcas”. O empresário assevera que, como o grande foco são os serviços, a Omicom não tem conseguido crescer devido à falta de mão-de-obra disponível no mercado. “Além disso, esta é uma área de negócio que não é muito constante. Hoje podemos precisar de 10 pessoas, amanhã de 15 e depois de amanhã de 10 novamente, o que também não ajuda. É por tudo isto que optamos por nos manter no mercado com uma estrutura mais pequena, mas segura e com uma posição consolidada”.
Hugo Coelho advoga que o mercado estabilizou nos últimos anos. “Neste momento, os projetos surgem sem que nos tenhamos que esforçar, sobretudo nos serviços, onde somos constantemente consultados. Somos já conhecidos e reconhecidos e, além disso, muitos dos nossos clientes recomendam os nossos serviços, porque ficam satisfeitos e porque a marca Omicom é já significado de qualidade no mercado. Lamentavelmente, tanto em 2018, como 2019, fomos mesmo obrigados a recusar alguns trabalhos, porque a nossa capacidade de execução estava completamente esgotada”. Já no que concerne à concorrência, o designer explica que não a conhece e que esta não o preocupa. “Não estamos presentes num mercado concorrencial, onde temos que disputar clientes. O mercado é suficientemente grande para todos os players”, completa.
Quanto ao futuro, José Carlos Gordalina afirma que gostava que os próximos anos continuassem auspiciosos. “Mesmo que o mercado decresça poderemos continuar a realizar muitas obras e projetos. Assim, o setor continuará a dar emprego a muita gente e muitas empresas conseguirão obter estabilidade”, conclui.