O futuro começa hoje
A C&A Chama é uma empresa especializada na conceção, fabrico e comercialização de soluções de aquecimento a biomassa. Com uma posição consolidada no mercado nacional e com uma presença segura nos mercados internacionais, a empresa ruma agora para um futuro promissor com soluções de design inovadoras, sempre com a melhor relação qualidade/preço.
Celso Batista e Alfredo Carvalho, fundadores da empresa, contam com uma vasta experiência no setor do aquecimento. Depois de trabalharem muitos anos por conta de outrem, quando a empresa em que laboravam decidiu fechar o setor da biomassa, os empresários tomaram a decisão de se lançarem por conta própria e criaram a C&A Chama em 2013. “Tínhamos o melhor que qualquer empresa pode ter: o know-how e um conhecimento profundo de mercado, além de uma vasta carteira de clientes. Também tínhamos ao nosso dispor mão de obra altamente qualificada que também iria para o desemprego. Assim, rapidamente, percebemos que esta era uma oportunidade de negócio que não podíamos deixar escapar”.
Em 2016, a C&A Chama instala-se em Oiã, Oliveira do Bairro. “Muitos dos nossos clientes nem se aperceberam da turbulência da mudança. Claro que tivemos que fazer um esforço muito grande para que nunca se registassem ruturas de stock, mas conseguimos, ainda que, num primeiro momento, o nosso fabrico tenha sido completamente artesanal. Concorremos depois a um projeto de inovação no âmbito do Portugal 2020 e com acesso a fundos comunitários conseguimos modernizar a empresa”, contam os empresários. Hoje em dia, a empresa está completamente robotizada e possui uma secção de corte e de quinagem. Projetando, desenvolvendo e produzindo equipamentos a partir da combustão de biomassa, os seus produtos apresentam um design moderno e sofisticado, permitindo a melhor solução para cada caso. Além de uma aposta clara na qualidade, a C&A Chama arrisca também muito no design das suas soluções, “outra mais-valia importante”.
Atualmente, com uma equipa composta por 22 pessoas e um valor de faturação, em 2018, de um milhão e oitocentos mil euros, sendo expectável atingir os dois milhões e meio em 2019, a empresa centra o seu compromisso na garantia sistemática da qualidade dos seus produtos. “Sustentamos ainda a nossa qualidade numa equipa profissional altamente motivada e fortemente qualificada com décadas de experiência neste setor”.
Qualidade e design
Olhando para o mercado, os empresários advogam que este é um setor de negócio sazonal, sendo que a C&A Chama trabalha na sua potência máxima de outubro a fevereiro. De acordo com Celso Batista e Alfredo Carvalho os restantes meses servem para a criação do stock que será depois esgotado. “É assim que também nos conseguimos diferenciar no mercado pela nossa rapidez na entrega. Além disso, os países europeus optam, cada vez mais, pelos pellets em detrimento da lenha convencional. Em Portugal, esta mudança também está a acontecer, mas de forma muito mais lenta e progressiva. Somos um país ainda com a tradição da lareira, da lenha, do fogo e do lume, pelo que temos que estar preparados para todos os desafios que o mercado nos apresenta”.
Em retrospetiva, os empresários afirmam que o mercado já sofreu muitos altos e baixos, “ainda que tenha sido sempre difícil, uma vez que o cliente final continua a privilegiar o fator preço em detrimento da qualidade. Apesar disso, orgulhamo-nos do facto de que todos os equipamentos que projetamos, fabricamos e comercializamos são certificados pelas normas europeias em vigor, com uma aposta inequívoca na qualidade, ainda que esta certificação signifique um custo extra e elevado para a empresa, uma vez que existe apenas um laboratório em Portugal que realiza estes testes. Ainda assim, estamos convictos de que esta é uma importante mais-valia que nos diferencia da nossa concorrência, ainda que tentemos apresentar aos nossos clientes soluções com uma excelente relação preço/qualidade”. “A certificação segundo a Norma EN 13229:2001 garante a eficiência energética dos nossos equipamentos e segurança para o utilizador. Estes são direitos salvaguardados do nosso cliente”, asseguram Celso Batista e Alfredo Carvalho, que afirmam que os equipamentos C&A Chama são fabricados com materiais de elevada qualidade, selecionados e adquiridos aos melhores fornecedores garantido assim um acabamento perfeito e elevada qualidade dos nossos produtos.
Presença internacional
A faturação da empresa é conseguida maioritariamente no mercado interno, sendo que a exportação é ainda residual não atingindo os 20 por cento. “O mercado português é pequeno e muito agressivo, pelo que nos iremos vocacionar cada vez mais para a exportação, o que nos permitirá aumentar a nossa faturação”, revelam os empresários. Neste momento, a C&A Chama está já com presença consolidada em Espanha, Irlanda, Luxemburgo, África do Sul e Brasil sendo que, para crescer nestes mercados e penetrar em mercados mais maduros como a França, Bélgica e Itália, desenvolveu a marca Norfire com soluções focadas na eficiência, qualidade, inovação e no design. Celso Batista e Alfredo Carvalho explicam o porquê desta aposta: “Queremos diferenciar-nos e não pretendermos ser simplesmente mais um produto igual a tantos outros. É por isso que os nossos equipamentos são repletos de pequenos grandes pormenores que fazem toda a diferença. Esta é uma linha onde realizámos um grande investimento e que demorou muito tempo a desenvolver e já cumpre os pressupostos de uma nova norma europeia que vai entrar em vigor em 2022: vulgarmente denominada de EcoDesign 2022. A verdade é que tentamos sempre antecipar as necessidades do mercado”.
Os empresários explicam que não conseguem penetrar em mercados como o suíço ou o alemão, “porque estes implementam normais internas que são cumpridas pelas empresas locais e que fazem com que uma empresa estrangeira tenha grandes dificuldades de penetração. A realidade é que estes mercados auto preservam-se e protegem-se, algo que não acontece em Portugal onde estamos sempre de braços abertos para receber produtos estrangeiros, independentemente do preço e da qualidade. Aliás, hoje em dia, algumas empresas fabricam determinadas soluções que nem no nosso país poderiam ser comercializadas, uma vez que as normas existem, contudo não subsiste qualquer exigência”. Celso Batista e Alfredo Carvalho revelam que, no passado, em parceria com a Universidade de Coimbra, tentaram criar uma associação de fabricantes e definir normas e regras, “tudo para protegermos o nosso mercado, contudo tal não foi possível. É muito difícil para nós, portugueses, em determinados setores, conjugarmos esforços e trabalhamos em conjunto em prol do bem comum. As pessoas preferem trabalhar sozinhas, o que é lamentável”.
De acordo com os empresários, a concorrência é outro dos fatores de risco deste setor. “Atuam grandes “players” neste mercado, tanto a nível nacional como internacional, pelo que a concorrência é muito forte”.
“Ainda que seja a nossa ambição, reconhecemos que, hoje em dia, não é fácil prever o futuro e este é sempre uma incógnita, daí que qualquer projeto ou investimento tenha que ser devidamente pensado e ponderado antes de ser colocado em prática. Apesar disso, podemos revelar que o nosso objetivo pessoal são os cinco milhões de euros em faturação, valor que pretendemos atingir o mais rapidamente possível. Estamos a crescer cerca de 25 a 30% por ano pelo que se atingirmos esta cifra em 2022 será muito positivo. De forma conclusiva, podemos afirmar que, independentemente de tudo, o segredo do nosso crescimento estará sempre assente na nossa capacidade de organização e nas pessoas, tanto naquelas que trabalham connosco, como todos os nossos clientes”.