Qualidade, rigor e profissionalismo
Em entrevista ao Empresas+®, Paulo Coutinho, responsável pela Motrizeno, Lda., uma empresa especializada na montagem de todo o tipo de estruturas metálicas, fala sobre a realidade do setor na atualidade e da problemática que todos os empresários enfrentam: a falta de mão deobra especializada.
Nascida em 2007, a Motrizeno cedo se afirmou no mercado como empresa dinâmica e com valor acrescentado. Paulo Coutinho, o responsável por este projeto de sucesso, lembra como tudo começou: “Depois de trabalhar alguns anos por conta de outrem, decidi arriscar e lançar-me por conta própria. Estive envolvido num primeiro projeto com um familiar que, mais do que isso, era um grande amigo. A aventura não correu assim tão bem, contudo, serviu para crescer, aprender e fazer com que a Motrizeno se transformasse naquilo que é hoje”.
A primeira obra que tive foi logo em Angola. A verdade é que depois, quando regressamos a Portugal, as obras continuaram a aparecer e o nosso crescimento foi exponencial. Felizmente temos conseguido conquistar a confiança dos nossos clientes, graças ao rigor e qualidade do trabalho que desenvolvemos”. Neste momento, a empresa é especializada na montagem de todo o tipo de estruturas metálicas para pavilhões industriais, comerciais e agrícolas; armazéns e parques logísticos; estruturas e coberturas metálicas; estruturas para pontes rolantes; estruturas para máquinas; coberturas em painel “sandwich”; portões industriais; e pontes pedonais, sendo ainda possível o desenvolvimento de soluções personalizadas e inovadoras à medida.
A Motrizeno é uma empresa sólida que valoriza cada cliente como único. “Trabalhamos para a completa satisfação dos nossos clientes, uma vez que eles são um dos principais pilares da nossa existência. São eles que nos fazem crescer e evoluir, sempre com qualidade, rigor e profissionalismo, numa procura incessante por conseguimos fazer sempre mais e melhor. Felizmente, o nosso já extenso know-how é desafiado todos os dias. Para nós cada obra é única, e é ali que aplicamos o que sabemos fazer de melhor. Para dar apenas alguns exemplos de obras emblemáticas que realizamos posso destacar o passadiço do Museu dos Coches, a ampliação do Oeiras Parque e o Passadiço do Parque dos Poetas”, afirma o empresário.
Referência aquém e além-fronteiras
Focada no ramo das construções metálicas e com equipas de montagem especializadas, a empresa está presente na atualidade nos mercados português, angolano e francês. “Em Angola detemos mesmo uma Motrizeno ali localizada, o que se institui como uma importante mais-valia. Já conseguimos formar alguns colaboradores que continuam a trabalhar connosco. Quanto a França, este é um mercado muito apetecível, uma vez que conseguimos obter maior valor acrescentado. Assim abrimos lá uma filial tudo para que possamos estar mais perto dos nossos clientes, servindo-os com toda a qualidade. As obras naquele mercado são mais exigentes e desafiantes do ponto de vista técnico e arquitetónico.
Tudo isto faz com que a empresa cresça e evolua”.
Com uma equipa de trabalho composta por 21 pessoas e com um volume de faturação que chegou ao milhão de euros, em 2019, a Motrizeno continua na senda do sucesso e as perspetivas para este ano são de crescimento. “Infelizmente, a atual pandemia acabou por se fazer sentir também na Motrizeno. De uma forma menos severa do que vemos noutros sectores, mas é inevitável. Apesar disso, sabemos que enfrentamos todos os problemas e condicionantes que uma pandemia como esta acarreta a nível global. Acreditamos que melhores dias virão. Esta será apenas uma fase menos boa que será ultrapassada. É essencial que o mercado global esteja bem para crescer em segurança e com confiança”, assegura Paulo Coutinho.
O mercado na atualidade
O empresário confessa que encara o mercado na atualidade com otimismo, ainda que com alguma precaução. “Acredito que nos próximos anos continuaremos a laborar tal como tem acontecido até aqui. Sempre estabelecemos parcerias com grandes empresas que laboram o mercado nacional e internacional, empresas que confiam em nós e na qualidade do nosso trabalho, o que muito me alegra. Esse é mesmo um dos nossos maiores orgulhos. Felizmente conseguimos afirmar-nos e, hoje, esse esforço é reconhecido”.
Apesar desse otimismo, se, por um lado, as obras vão continuar a existir, Paulo Coutinho advoga que, por outro, o setor debate-se com a problemática da falta de mão de obra, sobretudo especializada, “o que prejudica muito a performance e resposta das empresas”. O empresário explica que, para contrariar esta realidade, a Motrizeno tem apostado na integração de pessoas bastantes jovens que se dedica depois a formar. “Claro que esta solução demora bastante tempo a dar os seus frutos, contudo, acreditamos na juventude e no seu potencial. Desta forma vamos conseguindo suprir as nossas necessidades. Também oferecemos salários acima da média. Não são ainda aqueles que gostaríamos, porém são os possíveis face ao estado do mercado.
De outra forma, caso precisássemos de um profissional especializado para amanhã, seria impossível encontrá-lo livre no mercado e fazer a sua integração. Sabemos que esta é uma estratégia arriscada porque as pessoas podem abandonar a empresa finda a formação, contudo o balanço tem sido muito positivo”. Para outro tipo de serviços, a empresa também recorre à subcontratação, “sobretudo junto de empresas de especialidade. Com estas, estabelecemos relações de parceria longas e assentes na confiança mútua. Tentamos ter uma relação próxima e amistosa mesmo com os nossos supostos concorrentes, sendo que tentamos ajudar-nos mutuamente sempre que possível. Desta forma todos beneficiam”, completa Paulo Coutinho.
Quanto ao futuro, o empresário revela que a expetativa é de que a Motrizeno continue a crescer de forma contínua, apoiando sempre o mercado nacional, ao mesmo tempo que consolida e expande a sua posição no mercado internacional. “Queremos ser uma referência no mercado das estruturas metálicas de forma inovadora, determinada e competitiva, a nível nacional e internacional. Garantindo a qualidade e excelência em todos os trabalhos que executamos”, conclui.