Trabalhar em prol dos cidadãos e do desenvolvimento do Concelho
Depois de cumprir o seu primeiro mandato, Tibério Dinis, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, nos Açores, decidiu não se recandidatar nas próximas eleições autárquicas, devido a motivos pessoais. De consciência completamente tranquila e com um sentimento de dever cumprido, o autarca garante que trabalhou sempre em benefício do bem-estar dos seus concidadãos e em prol do desenvolvimento da Praia da Vitória: “Dentro das capacidades de cada um devemos sempre procurar fazer o melhor, sendo que foi permanentemente essa a minha postura ao longo dos últimos quatro anos. Espero que os Praienses continuem a escolher para os governar aqueles que têm esta postura e esta forma de estar e de encarar a política. Só assim poderemos ter política séria e em benefício dos cidadãos”.
“Por motivos pessoais decidi não me recandidatar à presidência do Município da Praia da Vitória. Julgo que esta é a decisão mais correta a tomar até porque saio de consciência completamente tranquila em relação a todo o trabalho que realizei durante os dez anos em que estive na Autarquia da Praia da Vitória, onde desempenhei várias funções, sendo que, durante quatro anos, assumi a sua presidência”, informa Tibério Dinis, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória. Olhando para trás, o autarca afirma que, apesar de todos os desafios e vicissitudes, a política nunca foi uma desilusão porque foi sempre assumida de forma séria: “Quando a fazemos a trabalhar em benefício do bem-estar dos nossos concidadãos e em prol do desenvolvimento do nosso território, a política nunca desilude. A política serve precisamente para servir. É, por isso, que, em todas as inaugurações que presidi, a placa comemorativa nunca contemplou o meu nome, mas teve sempre inscrita a frase «Ao serviço da Praia da Vitória». Creio que este pequeno gesto também simboliza a forma como vejo a atividade política, onde temos que colocar todas as nossas energias no auxílio ao outro. Essa deve ser a prioridade diária de um presidente, de um vereador, de um presidente de junta ou de qualquer outra pessoa que exerce um cargo público”, sublinha.
O presidente reitera que, depois, dentro das capacidades de cada um, “devemos sempre procurar fazer o melhor, sendo que foi sempre essa a minha postura ao longo dos últimos quatro anos. Espero que os praienses continuem a escolher para os governar aqueles que têm também esta postura e esta forma de estar e de encarar a política. Só assim poderemos ter política séria e em benefício dos cidadãos”.
Mandato exigente
Tibério Dinis reconhece que este foi um mandato exigente, repleto de desafios, até porque a pandemia condicionou metade desse período: “A pandemia surgiu num momento em que tínhamos a nossa estrutura financeira já consolidada, assim como a estrutura interna. Este facto permitiu-nos dar uma resposta assertiva às necessidades que surgiram em resultado do aparecimento da pandemia. Assim, estivemos sempre disponíveis para ajudar famílias, as empresas e as diversas instituições que existem no concelho, sobretudo as IPSS’s que estiveram sempre na linha da frente na defesa daqueles que são mais vulneráreis a este vírus”.
O autarca assevera que o Município ajudou de forma direta, tanto as IPSS’s que detêm estruturas que albergam idosos, como aquelas que prestam serviços ao domicílio. Esse apoio foi prestado através da criação de uma linha financeira que ajudou a suportar as despesas que as IPSS’s tivessem com equipamentos de proteção individual (EPI) ou outros equipamentos; verbas para fazer face ao necessário pagamento de horas extraordinárias dos seus funcionários, ou até mesmo para suportar a contratação de funcionários extra, caso existisse essa necessidade. Esta linha de apoio funcionou durante os três primeiros meses da pandemia e significou um investimento superior a 150 mil euros por parte da Autarquia. “Felizmente não tivemos nenhum surto a registar em nenhum dos lares de idosos no concelho, o que demonstra a eficácia das medidas que foram implementadas”, reconhece o presidente.
No que concerne aos apoios que o Município concedeu às famílias, Tibério Dinis revela que a Autarquia conseguiu isentá-las do pagamento de rendas, no caso de viverem em habitações que são propriedade do Município: “Durante três meses, também conferimos a todos os munícipes descontos de 50% no pagamento do consumo de água, naqueles que foram os meses de confinamento, em virtude do Estado de Emergência que foi decretado para todo o País. Para além disso, durante esses mesmos três meses, pagamos as mensalidades das creches e ATL’s a todas as famílias, por forma a que as empresas que gerem estes espaços não fossem penalizadas, o que não seria benéfico para a economia local. Desta forma, com uma mesma medida ajudámos as famílias e as empresas”, destaca o Autarca que advoga que o Município também “isentou, de imediato, o Canal HORECA [estabelecimentos hoteleiros, de restauração e similares] do pagamento das despesas ligadas aos resíduos”. Para além disso, “os espaços concessionados pela Autarquia também ficaram isentos do pagamento de renda e isentamos os pagamentos de todas as licenças, fossem de obras ou de utilização do espaço público”.
“Por fim, demos ainda apoio logístico na implementação do centro de vacinação no concelho, sendo que este tem sido um trabalho importante que tem sido desenvolvido por parte das entidades de saúde. Este processo tem estado a decorrer de forma muito positiva, o que faz com que mais de metade da população do concelho tenha já a vacinação completa, o que é uma importante mais-valia. Neste contexto, vale a pena enaltecer o trabalho e esforço que foi feito por todos os agentes de saúde que têm sido incansáveis para que a vacinação decorra a bom ritmo”, garante Tibério Dinis.
Resposta assertiva e célere
De acordo com o autarca, o Município da Praia da Vitória foi célere a reagir no combate a esta pandemia pelo que distribuiu EPI’s por toda a população, o que contribuiu para que os números de contágio fossem baixos no concelho. Apesar disso, “sabemos que este é um processo complexo, pelo que o seu sucesso ou insucesso não depende apenas de uma medida, mas de um conjunto de ações, onde o comportamento da população desempenha um papel fundamental. Este foi o esforço conjunto de toda a comunidade”. O presidente assegura também que “temos que ter a humildade de reconhecer que o facto de estarmos numa ilha também nos ajudou, uma vez que permitiu um controlo mais efetivo de todas as entradas aéreas e marítimas que aconteceram na Praia da Vitória. Devido a esse facto tivemos maior facilidade em controlar a deslocação das pessoas, o que também ajudou na quebra das cadeias de contágio. Creio que o controlo que as autoridades de saúde fizeram em relação a todos aqueles que chegavam à ilha foi estrutural para os números baixos de contágios que apresentámos”.
Tibério Dinis afiança que, durante um ano e meio, o Executivo conseguiu estancar, de forma evidente, o progresso deste vírus e assegura que foi a condição financeira estruturada e organização interna da Autarquia que permitiu ao Município avançar com um largo conjunto de medidas que estarão em vigor até ao final deste mês de setembro. Findo esse tempo, a Autarquia terá investido cerca de três milhões de euros no combate à pandemia, “valor assinalável para um concelho da dimensão do nosso”.
Por outro lado, o edil lembra que a pandemia veio estancar aquele que era um fator de desenvolvimento da Praia da Vitória e que estava a começar a dar passos seguros: o turismo. “Nos anos anteriores à pandemia registámos recordes em termos de turismo no concelho, seja ao nível do número de passageiros, tanto aéreos como marítimos, seja no número de estadias que foram registadas, assim como no volume de receitas que os operadores turísticos conseguiram obter. Não podemos ainda esquecer as dezenas de empregos que foram criados por este setor na Praia da Vitória. Para 2020 estava mesmo previsto um incremento significativo no número de voos que seriam realizados para o Aeroporto Internacional das Lajes por parte das diversas companhias aéreas, uma vez que iriam ser exploradas diversas novas rotas. Foi precisamente aqui que a pandemia nos prejudicou de forma mais severa fazendo com que esta rota de desenvolvimento e de sustentabilidade do concelho tivesse estagnado.
Sabemos que esta foi uma realidade transversal a todo o País e que não aconteceu apenas na Praia da Vitória. Cumpre agora a quem liderar, no futuro, os destinos da Autarquia, assim como a toda a população e empresários, voltar a esta rota de crescimento o mais rápido possível”, conclui o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória.