No Município de Vila de Conde a prioridade são as pessoas. Quem o garante é Elisa Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Vila de Conde que cumpre o segundo mandato à frente dos destinos do concelho. A Autarca garante que a aposta em ações que potenciem o bem-estar da população continuará a ser a prioridade no futuro, e áreas como a ação social, a educação, a habitação, a melhoria da rede viária concelhia e o ambiente, merecerão sempre máxima dedicação e esforço por parte da Autarquia.
Elisa Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Vila de Conde, recorda que quando tomou posse como presidente da Autarquia, em 2013, conhecia a dimensão da enorme responsabilidade do cargo que ia desempenhar. A autarca refere que um dos grandes desafios do seu primeiro mandato foi, sem dúvida, todo o trabalho de definição do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) do concelho, mecanismo que avançou nessa altura “e que exigiu a toda a equipa um esforço e trabalho redobrados. Definir grandes prioridades de investimento e garantir a sua aplicação em todo o concelho é, para qualquer autarca, sinónimo de grande estímulo e incentivo. A par com esta missão, cumprida com sucesso, dedicámo-nos às questões vitais para a potenciação da qualidade de vida das populações e do desenvolvimento concelhio”.
A autarca assevera que a transição para o segundo mandato foi mais calma porque, por um lado detinha a experiência da função, e por outro, havia um forte objetivo de desenvolver um trabalho de continuidade. “Também no papel e na responsabilidade que um presidente de câmara tem, a experiência se revela como uma enorme mais-valia, a par com a consciência da importância do trabalho a desenvolver e da determinação de cumprir os objetivos definidos”. Assim, e apesar de todas as vicissitudes sentidas ao longo deste mandato, nomeadamente a atual pandemia, Elisa Ferraz assegura que o Município conseguiu, genericamente, operacionalizar todos os projetos que tinha definidos, nomeadamente aqueles que tinham comparticipação de fundos europeus. “Para além de todas as ações desenvolvidas no âmbito da pandemia, procedemos, por exemplo, à reabilitação dos grandes largos centrais das freguesias. Realizámos também inúmeras intervenções nas nossas escolas e operacionalizamos a retirada do amianto dos edifícios escolares, uma vez que apostamos num ensino de qualidade no concelho. Para além disso, devo destacar as intervenções ao nível da rede viária e da melhoria da mobilidade no concelho, nomeadamente do ponto de vista das acessibilidades pedonais, onde a Autarquia realizou diversos investimentos. “A este nível temos, em fase de abertura de concurso, a empreitada de construção da ponte pedonal sobre o Rio Ave, que possibilitará o percurso em modo suave de toda a faixa litoral do concelho”.
Programa “Estamos Aqui”: com um investimento de cerca de um milhão e meio de euros
Questionada sobre o peso que a atual pandemia teve neste segundo mandato, a autarca advoga que esta foi uma calamidade que ninguém sabia como enfrentar. “Independentemente da imprevisibilidade, tivemos a consciência que tínhamos que ser céleres nas decisões e na tomada de posição para enfrentar o desconhecido, perante o qual dissemos presente!”, assegura Elisa Ferraz. Para realizar esse combate, o Município criou o programa “Estamos Aqui”, que representa um elevado investimento por parte da Autarquia que, ascendendo já a cerca de 1,5 M€, tem como principal objetivo a disponibilização de todo o género de apoios aos vilacondenses: desde a atribuição de apoio financeiro, à prestação de serviços a nível psicológico, à disponibilização de bens essenciais, alimentares e de saúde, para além da criação de uma plataforma específica de uma rede de voluntários no concelho. “Esta é uma resposta abrangente nas mais variadas áreas, como setor social e apoio direto a IPSS, educação, saúde, articulação e apoio às juntas de freguesia, entre outros. Demos respostas pela positiva às necessidades que a população e as instituições do concelho sentiam e os munícipes reconhecem que estivemos e estamos presentes e sempre disponíveis para os ajudar quando mais necessitam”.
Entre as várias medidas adotadas no âmbito deste programa , Elisa Ferraz destaca o aumento do valor do fundo de emergência social; a distribuição de refeições e cabazes por todo o concelho, com a constituição de um banco de retaguarda para reforço das respostas sociais, numa articulação direta com os parceiros da rede social: IPSS’s e Conferências Vicentinas; a disponibilização de apoio, através da Loja Social, de equipamentos, mobiliário, têxtil-lar, vestuário e calçado; o apoio no consumo de água e medicamentos gratuitos, para doenças crónicas; a redução de 50% no pagamento da renda para todos os espaços comerciais propriedade do Município e isenção do pagamento de todas as taxas de ocupação de feiras, mercados e esplanadas; o fornecimento de cem mil embalagens de take-away aos restaurantes locais; e a afetação de verbas do Orçamento Municipal para fazer face a medidas de âmbito social com as famílias, Juntas e Uniões de Freguesias e IPSS para a aquisição de bens, equipamentos e serviços relacionados com a situação pandémica, entre outras. “Ao invés de comprarmos os equipamentos de proteção individual e fazermos a sua distribuição por todo o concelho, contamos com a colaboração das juntas de freguesia, às quais, para o efeito, foi concedido um subsídio extraordinário. Melhor do que ninguém, as juntas conhecem a população e as suas reais necessidades, estando habilitadas, devido à proximidade, a darem uma resposta muito mais profícua e efetiva”, explica a autarca que sublinha ainda todo o apoio que o Município prestou à comunidade piscatória “tão importante em Vila do Conde e que teve que ser devidamente ajudada num período difícil como este”.
Por fim, e mais recentemente, Elisa Ferraz assevera que a Autarquia criou um centro de vacinação de referência com capacidade instalada para vacinar 840 pessoas por dia. “O processo está a decorrer de forma muito positiva, mas estamos sempre dependentes do número disponível de vacinas. Acredito que todos gostaríamos que a campanha estivesse a decorrer de forma ainda mais célere, contudo, têm sido os números possíveis”, lamenta a autarca. Nesta resposta, a logística e todos os recursos humanos de acolhimento, encaminhamento e atendimento no recobro também são responsabilidade da autarquia. De ressalvar ainda que, numa parceria estabelecida com os taxistas locais, o Município garante ainda o transporte de todos aqueles que não têm meios para o fazer.
Apesar de reconhecer que os valores da pandemia estão controlados, a presidente garante: “Temos de continuar a minimizar os problemas sociais da nossa comunidade, redobrando a atenção às consequências desta nova realidade”.
Futuro
Quanto ao futuro, Elisa Ferraz é perentória: “A nossa prioridade são e serão sempre as pessoas, pelo que as ações que contemplam o seu bem-estar serão prioritárias. Foi assim quando tomei posse pela primeira vez em 2013 e continua a ser assim agora. Perante este facto, os setores da ação social, educação, habitação, onde estamos a trabalhar na definição do Plano Estratégico, e melhoria das redes viárias que impactam no quotidiano dos munícipes serão uma aposta nossa. Neste contexto, estamos a trabalhar no masterplan da rede viária, sendo que estão já a ser intervencionados dois troços de um total de doze, onde pretendemos realizar obras. Este projeto fará com que a rede municipal viária apresente melhorias significativas em Vila do Conde”. A autarca acrescenta que também pretenderá continuar a trabalhar em estreita colaboração com todas as juntas de freguesia, “parceiros fundamentais em todo o trabalho que desenvolvemos”.
Por fim, a presidente não esquece o ambiente. “Cada vez mais sentimos a pressão para que a preservação da natureza e salvaguarda ambiental, a reciclagem e a economia circular sejam uma prática comum e uma realidade para todos. Assim, espero que, em conjunto com todos os munícipes possamos construir um concelho onde viver seja uma experiência, cada vez mais agradável e de excelência máxima. Preocupamo-nos com o ambiente, com o bem-estar das pessoas e com as respostas de cariz social e de educação a que todos devem ter direito. É essa resposta de qualidade que desejamos implementar no nosso concelho”, conclui.
