Grupo com raízes sólidas
Em entrevista ao Empresas+®, Oliveiros Pedreira, CEO da Oliveiros Grupo, fala sobre o passado presente e futuro deste projeto que é uma referência nos setores da arquitetura, engenharia, construção e imobiliário. Com raízes sólidas no mercado nacional, o Grupo é já uma garantia de qualidade em contexto internacional.
Quando foi criada a Oliveiros Grupo e quais os objetivos subjacentes à sua criação?
Durante o meu percurso académico fui delineando o plano do que idealizava. Assim, com 29 anos, senti-me preparado para dar início a este projeto que vinha arquitetar e criei este Grupo em janeiro de 2010 que, tal como planeado, se apresenta a laborar, na atualidade, em quarto áreas de negócio distintas que se complementam, atuando verticalmente nos setores da arquitetura, engenharia, construção e imobiliário.
Que empresas compõem a Oliveiros Grupo e em que setor de atividade estão presentes?
A Oliveiros Grupo gere um conjunto de empresas, que desenvolvem atividades que se complementam entre si. Esta complementaridade visa criar valor em diversas áreas desde a arquitetura, engenharia, construção ao imobiliário. Uma delas é a Engark, alicerce da Oliveiros Grupo, dado que foi por aqui que tudo começou. Abarca o ramo da engenharia e arquitetura e dedica-se à topografia, arquitetura, urbanismo, design de interiores, engenharia, visualização 3D, plano de segurança em obra e plano de segurança contra risco de incêndio e planos de emergência.
A Noreng, criada em 2011, surgiu como uma estratégia do Grupo para diversificar os serviços, apostando no setor da construção civil e obras públicas. Conta, atualmente, com uma posição dominante e consolidada no mercado e desenvolve a sua atividade de forma extremamente sustentável nas áreas da (re)construção, reabilitação e obras públicas, respondendo com elevada performance nas relações business-to-business e business-to-consumer.
Seguindo a orientação do Grupo, na senda do crescimento sustentado e contínuo, surge, em 2016, a Imoli, a mais recente aposta da Oliveiros Grupo na área do imobiliário, com o objetivo de oferecer aos seus clientes uma oferta cada vez mais alargada. É especializada na promoção de bens imobiliários, através de diversas ações de marketing e de comunicação, zelando sempre pelos interesses dos proprietários dos imóveis, assim como procura as melhores opções para os potenciais compradores.
Em que mercados a Oliveiros Grupo está presente? Já deu início ao seu processo de internacionalização?
Atuamos a nível nacional e internacional, mantendo um forte enlace com as comunidades portuguesas deslocadas no estrangeiro, essencialmente, França e Estados Unidos, fazendo questão de estarmos presentes nos eventos que estas promovem. De igual forma, temos aumentado a rede de contacto com investidores estrangeiros interessados em investir no nosso País. A nossa estratégia de crescimento poderá passar pela consolidação da nossa posição no mercado externo, sem descurar, contudo, o mercado nacional.
Que balanço faz dos últimos anos de atividade?
O balanço é extremamente positivo, pois atuando em quatro áreas importantes no setor da construção, fomos reunindo, com sucesso, as condições necessárias a uma organização dinâmica, jovem e claramente comprometida, orientada por procedimentos bem definidos. Contrariando a crise que se vivenciou no País, registamos um crescimento excecional, fruto da nossa versatilidade e aglomeração de serviços que atuam em sinergia para satisfazer por completo as necessidades dos nossos clientes.
Qual a sua opinião sobre o mercado na atualidade?
Tal como em muitos outros países, Portugal está a viver uma situação social sem precedentes. Os consumidores, os trabalhadores, os estudantes, os cidadãos em geral e os membros das famílias desenvolveram novos hábitos. Algumas destas transformações serão transitórias, enquanto outras levaram à aceleração de mudanças. Tudo isto está a mexer com o mercado atual, sendo impossível aferir o seu real impacto, pelo que estamos perante uma situação de incerteza face ao futuro. Somos um grupo com raízes sólidas, com ambição de progresso permanente, com sentido de responsabilidade e de consciência social, pelo que a nossa postura será sempre a de melhorar os processos organizacionais e de gestão, adaptando-nos às novas exigências do mercado.
Tal como acontece com muitas empresas que laboram no setor da construção civil, a Oliveiros Grupo também se debate com a problemática da falta de mão-de-obra?
A falta de mão-de-obra qualificada é um problema transversal a todo o setor da construção. Encontrar trolhas e pedreiros é muito complicado. O estigma face à profissão e a oferta de trabalho que a nossa indústria disponibiliza levou à escassez de mão-de-obra. Com a pandemia verificou-se uma maior procura e temos sido contactados por pessoas que procuram qualquer coisa, mas todos sem experiência na área. Torna-se impreterível que o Estado adote políticas para colmatar esta deficiência, visto que a oferta e a procura estão completamente desencontradas.
Não seria pertinente uma melhor articulação entre o ensino profissional e as empresas, por forma a suprir necessidades reais que existem no mercado? O Grupo tem alguma parceria neste setor?
Temos parcerias com escolas profissionais locais e algumas estrangeiras, mas o problema mantém-se. A lacuna verifica-se, também, a nível da oferta vocacional por parte das entidades ligadas ao ensino, justificada pela falta de procura de cursos nesta área. Com o desemprego a aumentar fruto da pandemia, e sendo a construção civil a grande impulsionadora da economia, penso que está mais que na altura de se repensar de que forma se poderão habilitar pessoas para ingressarem nesta área.
De que forma a atual pandemia condicionou a atividade do Grupo? A empresa teve que recorrer, por exemplo, ao lay-off? O que mudou com esta nova realidade?
Não somos exceção e também estamos a sofrer com esta situação pandémica. Não tivemos necessidade de recorrer ao lay-off, até ao momento, mas tivemos alguns colaboradores infetados, outros em isolamento profilático. A gestão de equipas tem sido muito complicada, pois não sabemos quem poderá ter de ficar em quarentena no dia seguinte. Assim, tentamos sempre precavermo-nos em termos de fornecimento de materiais, com receio de escassez dos mesmos ou dificuldade na sua obtenção devido às restrições de circulação. A nossa prioridade tem sido honrar os compromissos com os nossos clientes, sem pôr em risco os nossos colaboradores e sem por em causa as medidas de mitigação impostas pelo Estado.
Quais as expectativas para o futuro? Quais os principais projetos?
As expectativas para o futuro passam por um crescimento gradual, consolidado e sustentável das diversas áreas do Grupo. De mencionar ainda a especialização em projetos e obras de grande dimensão e abertura de mais agências imobiliárias a nível nacional, atraindo e incentivando mais e maiores investidores estrangeiros. Este poderá ser o caminho para garantir o nosso crescimento exponencial.