Concelho que vale a pena descobrir
O Município de Arronches, localizado no distrito de Portalegre, na região do Alentejo, é um concelho com um passado riquíssimo, um presente de luta e perseverança e um futuro promissor. Esta é uma terra de planícies, de serras de encantar e do sol dourado, onde a agricultura é história e onde, em cada recanto e reentrância podemos encontrar uma história por contar, uma viagem onde vale a pena embarcar. Assim, parta connosco nesta viagem por este concelho e deixe-se encantar pela história das pinturas rupestres, pela solenidade da Igreja Matriz, a imponência da Fonte Vassalo, a história do Museu de (A) Brincar, a beleza do Açude dos Mosteiros e a tranquilidade da zona ribeirinha. Perca-se pela Rua do Arco e experimente a gastronomia de excelência que Arronches tem.
Situado no alto Alentejo, o concelho raiano de Arronches integra o distrito de Portalegre, em pleno Alentejo. Das três freguesias pertencentes ao concelho, duas – Esperança e Mosteiros, integram a área protegida pelo Parque Natural da Serra de São Mamede, num Alentejo onde a planura seca dá lugar a surpreendentes serrados e verdejantes vales por onde deslizam exuberantes ribeiras. Um verdadeiro oásis a Sul. A terceira freguesia é Assunção. No total, o Município tem uma área de 314,8 km2.
Dizem que deve ter sido uma antiga povoação romana edificada junto à ribeira de Caia, fundada no tempo de Caio Calígula, no ano I da era de Cristã. Arronches foi conquistada, em 1166, aos mouros, por D. Afonso Henriques que a perdeu, tendo sido reconquistada por D. Sancho II, em 1235. Tornou depois a cair em poder dos mouros, sendo reconquistada definitivamente em 1242, por D. Paio Peres Correia. Hoje, esta bonita vila Alentejana, sede de município, situada bem próxima da fronteira com Espanha, caracteriza-se pelo seu alvo casario alegrado por faixas coloridas que rodeiam rodapés, janelas e portas.
Banhada pelo rio Caia, a água desempenha um papel fundamental na região, sobretudo na agricultura, setor com maior expressividade no concelho. As principais culturas são os cereais para grão, os prados temporários e as culturas forrageiras, as culturas industriais, o pousio, o olival, os prados e as pastagens permanentes. Na pecuária, criam-se aves, ovinos e bovinos.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, classificada como Monumento Nacional, construção do século XVI que veio substituir um antigo templo gótico datado de 1236, é um dos principais monumentos da Vila e fica situada em frente do bonito edifício dos Paços do concelho (século XVI). Destaque ainda para a Igreja da Misericórdia (século XVI), o Convento e Igreja de Nossa Senhora da Luz do século XVI. Também merece uma paragem obrigatória a Fonte Vassalo, datada do séc. XVIII e que fica nos subúrbios da vila. É ladeada por dois painéis de azulejos representando atividades agrícolas e de lazer e por cima tem o escudo de Portugal. É representativa do gosto clássico da época. Merece ainda uma paragem obrigatória o Museu de (A) Brincar, onde miúdos e graúdos se divertem com brinquedos deste e de outro tempo e onde o brincar é levado muito a sério.
Numa gastronomia tipicamente alentejana destacam-se os enchidos, as sopas de tomate e cação, as açordas, as migas de batata com entrecosto, ensopado de borrego, presinha do alguidar, entre outras iguarias sobejamente apreciadas e que fazem as delícias de todos aqueles que anualmente visitam o concelho. Já no artesanato salientam-se os trabalhos de cortiça e madeira, os objetos trabalhados em chifre, as cadeiras típicas em madeira e bunho, as albardas e arreios de cabedal e os bordados tradicionais do Alentejo.